Novo PAC vem aí, com promessas de investimentos bilionários: quais ações da Bolsa mais impactadas?

Ações de concessões de infraestrutura e de locação de maquinário pesado são apontadas por analistas como beneficiadas

Equipe InfoMoney

Trecho I à iniciativa privada da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Foto: PPI/GOV
Trecho I à iniciativa privada da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Foto: PPI/GOV

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A nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) será lançada pelo governo federal na sexta-feira (11), em evento no Rio de Janeiro, com a promessa de gastos anuais de R$ 60 bilhões.

O programa buscará a retomada de obras paradas, aceleração de obras em andamento e novos empreendimentos, com projetos divididos em áreas como transporte, infraestrutura urbana e defesa.

Com isso, diversos analistas já fazem as contas e veem os possíveis impactos para as empresas cujas ações estão listadas na Bolsa brasileira, com destaque para as de concessões rodoviárias e de logística.

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Nas últimas semanas, o Bank of America e o Itaú BBA reforçaram visão positiva ou iniciaram cobertura com compra para as ações da empresa de locação de máquinas pesadas e equipamentos Armac (ARML3) e para a Mills (MILS3), de locação de equipamentos e plataformas elevatórias, destacando, além da queda de juros, a retomada do PAC, trazendo uma demanda forte para o setor.

Já o BTG Pactual espera que, com o PAC, haja uma grande quantidade de projetos de rodovias, melhorando o momento para CCR (CCRO3) e Ecorodovias (ECOR3).  Vários projetos ajudam a reduzir os níveis de concorrência em cada projeto, gerando maiores retornos.

Para empresas de logística de grãos como Rumo (RAIL3) e a Hidrovias do Brasil (HBSA3), todos os olhos estão voltados para os anúncios de projetos de terminais de grãos nos Corredores Sul e Norte. Para a Rumo (RAIL3), a concorrência de outras ferrovias também merece atenção, avalia.

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Já no setor portuário, e principalmente para a Santos Brasil (STBP3), o foco está em compreender o escopo e a importância do leilão do terminal STS10 em Santos, que forneceria uma visão mais ampla do cenário competitivo de longo prazo do porto.

Conforme destacam os analistas do banco, programas como esse servem como diretrizes-chave para o setor de infraestrutura, indicando os projetos e metas prioritários do governo.

“Como de costume, esperamos que o programa deste ano apresente uma combinação de projetos incluídos em programas de infraestrutura anteriores (talvez com algumas mudanças regulatórias), alguns dos quais não foram totalmente desenvolvidos devido a restrições de tempo, e novos projetos”, apontam.

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Para os analistas, o anúncio deve melhorar o momento positivo do segmento de infraestrutura, auxiliado pelo início de um ciclo de redução da taxa de juros.

Com relação às rodovias pedagiadas, os principais projetos em discussão estão no Paraná. Os dois primeiros trechos devem ser leiloadas este ano, juntamente com outras duas rodovias (BR-381 e BR-040). Assim, espera que o novo programa forneça orientações sobre o cronograma destes leilões.

“Mais importante, esperamos mais informações sobre as novas regulamentações para a devolução de ativos que não performaram. O Ministério dos Transportes anunciou recentemente novas diretrizes para a negociação destes ativos, visando facilitar o reequilíbrio e estimular investimentos nessas concessões”, avalia a casa de análise.

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Enquanto isso, para ferrovias, a renovação da concessão da FCA da VLI continua sendo um tópico-chave do setor. “Como é uma maneira rápida de desbloquear investimentos na malha ferroviária brasileira, esperamos mais informações sobre este projeto”, aponta.

Novos projetos incluem: (i) expansão da Ferroeste no Paraná; (ii) projeto FICO (em construção pela Vale) no Mato Grosso; e (iii) FIOL na Bahia, que poderia ter novos trechos anunciados após o leilão da FIOL 1. Novos anúncios referentes a Ferrogrão provavelmente serão impactados devido aos desafios associados ao projeto.

Para portos, as principais expectativas dizem respeito aos projetos no Porto de Santos, com atenção no STS10, um novo projeto de terminal na região do Saboó.

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Se o Ministério dos Portos confirmar um terminal menor, o valor estratégico dos operadores portuários aumentaria, reduzindo as preocupações sobre a concorrência. Mais projetos de terminais de grãos em Santos ajudariam a aliviar a atual situação de falta de oferta no setor. Quanto a outros terminais, nosso foco está principalmente no Corredor Norte, relacionados à maior capacidade de exportação de grãos.

Para os aeroporto, os principais tópicos de discussão são o cronograma de leilões para ativos no Rio de Janeiro, incluindo Santos Dumont, um dos hubs de negócios mais movimentados do Brasil.

Anteriormente, o leilão do Santos Dumont foi agrupado com o Galeão (aeroporto internacional do Rio). “Uma maior clareza sobre este pacote e o cronograma dos leilões futuros forneceria insights valiosos para os investidores. Informações sobre a concessão do Aeroporto Viracopos também seriam benéficas, dada sua importância para a aviação regional do Brasil”, avalia a equipe de análise.

Em mobilidade urbana, o principal projeto em discussão é o Trem Intercidades (TIC) que liga São Paulo a Campinas, um importante hub no interior do estado. “Dado os grandes investimentos esperados (estimados em R$13 bilhões) e o impacto relacionado nas concessões de rodovias adjacentes, esperamos informações adicionais sobre este projeto. Também esperamos novos projetos nas áreas urbanas mais densamente povoadas, como São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre”, avalia.