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SÃO PAULO – Em meio à crise financeira dos EUA, um dos principais objetivosdas instituições passou a ser a manutenção da liquidez frente ao aumento das provisões de prejuízos com empréstimos ligados ao mercado imobiliário do país. Nesse sentido, o número de bancos que cortou os dividendos neste ano já chega a 15, incluindo Citigroup e Wachovia, o maior patamar em cinco anos.
A primeira redução de proventos desde a criação do Citigroup se deu em janeiro, quando o banco optou por cortar os dividendos em 41%, o que preservou cerca de US$ 4,4 bilhões por ano em capital adicional. A medida é uma forma de restaurar os níveis de capital sem ter que recorrer a novas ofertas de ações.
Ao todo são 91 instituições financeiras no índice S&P 500, de Wall Street, sendo que entre 2002 e 2007 foram 12 as companhias a recorrerem à redução ou cancelamento dos proventos, de acordo com a mídia local.
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Outras reduções à vista
Não bastassem os cortes já realizados, as projeções dos especialistas apontam cada vez mais para novas reduções e por parte de outras instituições. Entre os próximos bancos cotados a tomarem a medida estão o Goldman Sachs e o Bank of America, além das previsões de novos cortes nos dividendos do Citigroup.
Em relatório aos investidores, a equipe do Deutsche Bank afirmou que os dois bancos devem lançar mão de cortes significativos nos proventos, com as previsões apontando para uma redução de até US$ 0,26 nos dividendos de ambos.
Em entrevista à rede de TV norte-americana CNBC, a analista da Oppenheimer Meredith Whitney voltou a projetar um cenário pessimista para o setor financeiro dos EUA, indicando que os dividendos dos bancos estão ameaçados devido às prolongadas dificuldades enfrentadas pelas instituições, cuja recuperação ainda deve ser lenta.