OGX sobe 18% e Vale avança 4%; B2W vira para queda após subir 50% em 3 dias

Em dia de repique do Ibovespa, imobiliárias e Oi mostram forte alta e amenizam parte das perdas acumuladas neste começo de julho; papel da Pet Manguinhos dispara após aumento de capital

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa consolidou um movimento de recuperação nesta quinta-feira, registrando alta na faixa de 2% após 4 sessões consecutivas de queda. Dentre os destaques da Bovespa, as empresas de Eike Batista voltam a aparecer, só que desta vez do lado positivo. Além disso, Vale, Oi e imobiliárias seguem o repique. A B2W, por sua vez, virou o principal destaque de queda do dia após chegar a acumular ganhos de 50% nos últimos três pregões. 

As ações do Grupo EBX lideram os ganhos do Ibovespa, com destaque para as ações da OGX Petróleo (OGXP3), que, após uma forte baixa nos últimos dias, disparam 17,95% nesta sessão, sendo cotadas a R$ 0,45. Na sequência, aparecem os papéis da MMX Mineração (MMXM3) e LLX Logística (LLXL3), com ganhos de 7,75% e 7,50%, respectivamente, a R$ 1,40 e R$ 0,85.

Fora do Ibovespa, mas em destaque, estão os papéis da MPX Energia (MPXE3), que sobem 8,84%, a R$ 7,02, após a companhia anunciar que o empresário Eike Batista deixará o conselho da MPX, empresa que aumentará o capital social em R$ 800 milhões e mudará de nome. Em teleconferência ao mercado, os diretores da companhia ressaltaram que a MPX deve mudar a razão social da companhia em outubro. A empresa informou ainda que mudará de sede para os atuais escritórios da joint venture entre MPX e E.ON, a qual será reincorporada à companhia de energia. 

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Ainda fora do índice, outra ação do Grupo EBX seguem em alta, caso da CCX Carvão (CCXC3), que registra ganhos de 6,06%, a R$ 0,70. A exeção fica com os papéis da OSX Brasil (OSXB3), que caem 0,87%, a R$ 1,14. 

Após Petrobras, é a vez da Vale “repicar”
As ações da Vale (VALE3; VALE5) também aparecem no foco dos investidores nesta sessão. Após atingir mínima de julho de 2009, os papéis ordinários sobem 3,45%, a R$ 29,37, enquanto os preferenciais avançavam 3,35%, a R$ 29,35. A Bradespar (BRAP4), holding que detém participação no capital da mineradora, vê seus papéis subirem 4,96%, a R$ 20,33.

O movimento repete o que ocorreu com a Petrobras (PETR3; PETR4) na véspera, quando subiram forte depois que as ações preferenciais atingiram a mínima do final de 2008. Nesta sessão, as ações seguem em valorização, com as ordinárias avançando 0,83%, a R$ 14,55, e as preferenciais, 0,50%, a R$ 15,98.

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Na reta final do pregão da véspera, a Vale anunciou que obteve o aval que faltava dos órgãos ambientais para tirar do papel o megaprojeto de minério de ferro Serra Sul, em Carajás, no Pará. Orçado em US$ 19,7 bilhões, o investimento será o maior da história da mineradora.

Segundo a equipe de analistas do Banco Espírito Santo, o projeto vai ajudar a mineradora a manter sua vantagem competitiva em relação aos demais players, uma vez que vai adicionar capacidade de produção de 90 milhões de toneladas para Vale. Entretanto, eles não esperam que o projeto em si tenha um impacto relevante nas ações.

Imobiliárias e Oi também repicam
Quem também ganhou forças com o dia positivo do Ibovespa foram as ações do setor imobiliário. Após longas quedas nos últimos dias, os papéis de Brookfield (BISA3, R$ 1,41, +5,22%), PDG (PDGR3, R$ 1,86, +3,91%) e Gafisa (GFSA3, R$ 2,70, +3,05%) subiam mais de 3%, minimizando parte das perdas acumuladas neste começo de mês, que giram entre 6% e 12%.

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Outra que ganhou embalo foi a Oi (OIBR3, OIBR4). As ações preferenciais mostram alta de 5,57%, a R$ 3,60, enquanto as ordinárias têm valorização de 4,26%, a R$ 3,92. No entanto, elas ainda acumulam queda de quase 10% na semana; no ano, a desvalorização já supera a faixa dos 50%.

As imobiliárias vêm sofrendo com as perspectivas de Selic cada vez mais alta para este ano – o que encarece o crédito e, consequentemente, diminui a demanda de imóveis. No último boletim Focus, divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central, a mediana das estimativas dos economistas apontava para um taxa de juros em 9,25% ao final do ano. Já a Oi vem vivendo uma crise de desconfiança dos investidores, que mostram-se céticos ao plano de robustos dividendos da empresa devido ao forte endividamento que ela possui.

Mistério da B2W
As ações da B2W (BTOW3) chamaram a atenção do mercado nesta semana: nesta quinta-feira, elas chegaram a subir mais de 10%, totalizando ganhos de mais de 50% nos últimos três pregões. Contudo, agora a tarde, a empresa mostra com a pior queda dentre os 71 ativos listados no Ibovespa – queda de 3,36%, a R$ 8,34.

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Especula-se no mercado que esse movimento pode estar associado ao fechamento de posições de um investidor que que possui uma expressiva quantidade de papéis da varejista online disponíveis no banco de alugueis. Segundo um operador de mercado ouvido pelo Portal InfoMoney e que pediu anonimato, estima-se que este investidor era detentor de cerca de 70% das ações da B2W que são disponíveis para tomar alugadas, por isso um movimento desse colaborou para que aqueles que estavam apostando na queda de BTOW3 – haviam tomado alugado as ações – fossem ao mercado “zerar” as posições – ou seja, comprar.

Pet Manguinhos dispara após aumento de capital
As ações ordinárias e preferenciais da Pet Manguinhos (RPMG3, RPMG4) disparam 15,38% e 10,71%, respectivamente, a R$ 0,31 e R$ 0,30, após aprovação de um aumento de capital no valor de R$ 54,293 milhões por meio da capitalização de crédito detido pela controladora Manguinhos Participações, mediante emissão de novos ativos.
 

Serão emitidas mais de 210 milhões de ações, ao preço de R$ 0,257708 por papel. Os acionistas também aprovaram a conversão voluntária das ações preferenciais em ordinárias, na proporção de 1 para 1.