Oi anuncia emissão de R$ 2,5 bilhões em debêntures para investimento em InfraCo; BBI vê notícia como positiva

O Bradesco BBI reitera recomendação para a Oi como a melhor escolha no segmento de telecomunicações latino-americanas

Equipe InfoMoney

(Envato/leungchopan)
(Envato/leungchopan)

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A Oi (OIBR3;OIBR4), em recuperação judicial, anunciou a emissão de até R$ 2,5 bilhões por sua unidade de infraestrutura de fibra, InfraCo.

Segundo a companhia, os recursos serão usados para expansão da rede FTTH (fibra até a residência, na sigla em inglês) da InfraCo e a implantação de rede de infraestrutura de fibra óptica, além de pagar custos com a separação estrutural da Oi e da InfraCo, conforme aprovado no plano de recuperação judicial.

A subscrição das debêntures será liderada pela Brookfield Asset Management e contará com participação da Farallon Latin America Investimentos e Prisma Capital. As debêntures terão seu valor nominal unitário atualizado pela variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais juros remuneratórios de 11% ao ano e contarão com garantias reais a serem prestadas pela BTCM.

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As Debêntures terão vencimento em 24 meses contados da data de emissão, ressalvadas as hipóteses de resgate antecipado e de vencimento antecipado das Debêntures previstas na Escritura de Emissão; serão conversíveis em ações preferenciais resgatáveis, representativas da maioria das ações com direito a voto da Emissora; deverão ser subscritas e integralizadas até o dia 15 de abril de 2021.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que como previsto no Aditamento, a Oi, através de suas subsidiárias Oi Móvel e Telemar Norte Leste, ambas em recuperação judicial, será titular de uma opção de compra da totalidade das ações preferenciais de titularidade dos Debenturistas em decorrência da Conversão.

Segundo a empresa, a emissão foi aprovada com fundamento no Aditamento e está inserida no contexto de um financiamento extraconcursal, com o objetivo de seguir sustentando o investimento da companhia na criação da maior infraestrutura de fibra ótica do País, em linha com a estratégia já comunicada ao mercado anteriormente. “Conforme anunciado recentemente, a companhia continua a fazer progresso no seu processo de venda de participação majoritária na BTCM, como contemplado no Plano de Recuperação Judicial, e espera que as Debêntures sejam pagas com o produto de tal alienação” diz.

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O Bradesco BBI avalia que ainda há pontos a serem esclarecidos e destaca a elevada taxa de juros, mas ponderando que esse custo está abaixo da dívida com ‘títulos qualificados’ (dólar mais 10%). “Os recursos permitirão à empresa continuar seu projeto de implantação de FTTH [banda larga via fibra óptica até a casa do cliente] ao longo de 2021, com o objetivo de adicionar cerca de 5 milhões de residências. Vemos isso como positivo, pois representa mais um passo na implantação do plano da empresa, levando-nos a reforçar nossa visão otimista sobre a Oi”, apontam os analistas do Bradesco BBI.

O Bradesco BBI reitera recomendação para a Oi como a melhor escolha no segmento de telecomunicações latino-americanas, com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 3,40 para os ativos OIBR3.

(Com Agência Estado e Reuters)

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