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A Coin Cloud, empresa que opera mais de quatro mil caixas eletrônicos de Bitcoin (BTC) nos Estados Unidos e no Brasil, entrou com pedido de proteção contra falência (similar à recuperação judicial) com dívidas estimadas entre US$ 100 milhões e US$ 500 milhões.
De acordo com Isabela Rossa, country manager da Coin Cloud Brasil, a operação local não está dentro do processo e não será afetada.
A empresa, com sede em Las Vegas, tem ativos entre US$ 50 milhões e US$ 100 milhões e até 10 mil credores, segundo a ação judicial ingressada na terça-feira (7) no Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito de Nevada.
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O maior credor da empresa é a Genesis Global Trading, com a qual obteve um empréstimo de pouco mais de US$ 100 milhões. No ano passado, a credora considerou injetar capital na Coin Cloud, informou a Bloomberg em novembro.
A Genesis é uma subsidiária do Digital Currency Group (DCG), que também está em processo de proteção contra falência nos EUA.
“O pedido de reestruturação de dívida da operação da Coin Cloud nos Estados Unidos não afeta a operação brasileira”, afirmou a Coin Cloud em comunicado.
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A companhia não revela números, mas reforça que a operação no Brasil bateu recorde de faturamento em 2022 e, em 2023, inicia seu segundo processo de expansão no país, com a chegada de 42 novos caixas eletrônicos de criptomoedas prevista para março.
A decisão da Coin Cloud Estados Unidos, informou o braço brasileiro, também não afeta o time de profissionais da Coin Cloud Brasil. “A operação local é enxuta e não há qualquer previsão de alteração na equipe”.
Atualmente, a Coin Cloud tem cerca de 30 ATMs de criptos no Brasil, e afirma ter uma “situação financeira saudável, não alavancada e com crescimento sustentável e gradual desde sua chegada ao país” – entre outros motivos, porque tem um projeto de expansão mais modesto que nos EUA.