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SÃO PAULO – A sessão desta quinta-feira (9) segue de alta para os principais índices acionários mundiais. enquanto ouro e dólar recuam seguindo o alívio na tensão EUA-Irã após o discurso brando de Donald Trump, presidente americano, na véspera.
Por aqui, atenção para os dados da produção industrial. Já na política, o presidente Jair Bolsonaro decidiu cancelar a ida ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, evento que ocorrerá entre os dias 21 e 24 deste mês. No noticiário corporativo, destaque para a venda de ações ordinárias da International Meal Company e para as aquisições, pela Omega Energia, de mais dois parques de energia eólica no Maranhão. Confira os destaques desta quinta:
1. Bolsas mundiais
A redução do risco de uma guerra no Oriente Médio deu novo impulso aos mercados nesta quinta-feira. As bolsas da Ásia fecharam em alta, com destaque para Tóquio, onde o índice Nikkei-225 subiu mais de 2%.
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As bolsas europeias abriram em alta e os futuros de Nova York, em terreno positivo, apontam para uma abertura em alta nesta manhã. O preço do petróleo teve forte recuo, com o WTI tocando uma mínima de US$ 59,99 e o Brent na casa dos US$ 65.
Vale destacar ainda que Pequim confirmou que o vice-primeiro- ministro Liu He irá a Washington na próxima semana para assinar a primeira fase do tão esperado acordo comercial com os EUA.
Veja o desempenho dos mercados, às 7h12 (horário de Brasília):
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Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,28%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,42%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,26%
Europa
*Dax (Alemanha) , +1,15%
*FTSE (Reino Unido), +0,65%
*CAC 40 (França), +0,40%
*FTSE MIB (Itália), +0,71%
Ásia
*Hang Seng (Hong Kong), +1,68% (fechado)
*Xangai (China), +0,91% (fechado)
*Nikkei (Japão), +2,31% (fechado)
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*Petróleo WTI, +0,64%, a US$ 59,99 o barril
*Petróleo Brent, +0,55%, a US$ 65,80 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em queda de -2,95%, cotados a 657,000 iuanes, equivalentes a US$ 94,73 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9332 (-0,17%)
*Bitcoin, US$ 7.888,25 -1,13%
2. Indicadores econômicos
No Brasil, o IBGE publica às 9h a PIM (Pesquisa Industrial Mensal) relativa a novembro. A produção industrial deve ter registrado queda de 0,7% em novembro na comparação mensal, segundo economistas ouvidos pela Bloomberg, depois de subir 0,8% na medição anterior; na comparação anual, a queda deve ter sido de 0,8%, após 1% no mês anterior. Já Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, concede coletiva de imprensa sobre balanço da Agenda BC, em Brasília, às 10h.
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A FGV publica, por sua vez, o IPC-S da primeira semana de janeiro de 2020, relativo às capitais. Nos Estados Unidos, o Departamento de Trabalho divulga às 10h30 os pedidos semanais de seguro-desemprego.
3. Política
O Ministério das Minas e energia estuda a criação de um fundo composto com o dinheiro “extra” arrecadado com a exploração de petróleo para servir como compensação contra altas bruscas no preço do barril. A informação foi antecipada ao jornal O Globo pelo ministro das Minas e Energia, Beto Albuquerque. A equipe que trabalha no assunto quer apresentar uma proposta ao presidente Jair Bolsonaro em fevereiro. Albuquerque descarta usar impostos nesse mecanismo e diz que o governo federal não vai propor mudanças no ICMS dos Estados. “O Brasil se tornou um exportador de petróleo, hoje exportamos 1,1 milhão de barris por dia. Podemos adotar medidas com esse cenário que vivemos, que é favorável”, afirmou o ministro.
Ainda no radar político, Bolsonaro decidiu cancelar a ida ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, evento que ocorrerá entre os dias 21 e 24 deste mês. A informação foi divulgada em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, nos últimos dias, depois do ataque das Forças Armadas dos Estados Unidos, no Iraque, que resultou na morte de um dos militares de alta patente mais importantes do Irã, o general Qassem Soleimani.
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“O presidente e equipe de assessores analisam uma série de aspectos, aspectos econômicos, de segurança, políticos, e o somatório desses aspectos, quando levados à apreciação do presidente, lhe permitiu avaliar que não seria o caso, neste momento, de participar desse fórum”, afirmou o porta-voz Otávio Rêgo Barros a jornalistas, em entrevista no Palácio do Planalto. “Não é exclusivamente por questões de segurança que o presidente declinou da ida a Davos”, acrescentou o porta-voz.
Já a viagem para a Índia está mantida, disse Rêgo Barros. Bolsonaro é convidado especial para as comemorações do Dia da República da Índia, celebrado em 26 de janeiro. O presidente deve chegar ao país no dia 24 ou 25, e retornar no dia 28, mas a programação oficial da viagem ainda está sendo elaborada.
4. Carlos Ghosn
O ex-presidente das montadoras Renault, Nissan e Mitsubishi, Carlos Ghosn, disse ontem em Beirute que a aliança entre a empresa francesa e as duas japonesas não existe mais. “O que vemos hoje é um disfarce da aliança”, afirmou o executivo, durante coletiva de imprensa na capital libanesa. Ghosn evitou entrar em detalhes sobre a sua fuga espetacular do Japão e preferiu centrar o fogo na Nissan e no sistema judicial japonês, aos quais ele acusou de “perseguição”, informa o jornal Valor Econômico de hoje. Ghosn afirma que quando presidiu a aliança franco-nipônica de montadoras, tentou uma fusão com a FCA (Fiat Chrysler Automóveis) que não prosperou, porque não houve interesse do governo francês, acionista majoritário da Renault. “A aliança perdeu o imperdível”, lamentou.
5. Noticiário corporativo
A International Meal Company, uma das maiores empresas de alimentação industrial do Brasil, decidiu vender 6,79 milhões de ações ordinárias na B3. Segundo a empresa paulista, o objetivo da operação é “fortalecer o fluxo de caixa”. Outro negócio de destaque foi a aquisição, pela Omega Energia, de mais dois parques de energia eólica no Maranhão, Delta 7 e Delta 8. A empresa pagou R$ 282,8 milhões nas usinas.
Já o Ministério Público de Minas Gerais planeja apresentar denúncias criminais “nos próximos dias” contra a mineradora Vale e alguns de seus executivos e funcionários envolvidos no caso do rompimento de barragem que matou ao menos 259 pessoas em Brumadinho (MG), enquanto o Ministério Público Federal continua a investigar o caso.
(Com Bloomberg e Agência Brasil)
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