Otan convida Finlândia e Suécia para aliança e diz que Rússia é “ameaça direta”

"Hoje, decidimos convidar a Finlândia e a Suécia a se tornarem membros da Otan", disseram os líderes da Otan em sua declaração

Reuters

As 30 bandeiras dos países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)
As 30 bandeiras dos países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)

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MADRI (Reuters) – A aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) convidou Suécia e Finlândia nesta quarta-feira a se juntarem ao grupo em uma das maiores mudanças na segurança europeia em décadas depois que a invasão russa da Ucrânia levou Helsinque e Estocolmo a abandonar sua tradição de neutralidade.

Os 30 aliados da Otan tomaram a decisão em sua cúpula em Madri e também concordaram em tratar formalmente a Rússia como a “ameaça mais significativa e direta à segurança dos aliados”, segundo um comunicado da cúpula.

“Hoje, decidimos convidar a Finlândia e a Suécia a se tornarem membros da Otan”, disseram os líderes da Otan em sua declaração, depois que a Turquia suspendeu o veto à adesão de Finlândia e Suécia.

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A ratificação nos Parlamentos dos países aliados provavelmente levará até um ano, mas, uma vez concluída, a Finlândia e a Suécia serão cobertas pela cláusula de defesa coletiva do Artigo 5 da Otan, colocando-as sob o guarda-chuva protetor nuclear dos Estados Unidos.

“Vamos garantir que possamos proteger todos os aliados, incluindo Finlândia e Suécia”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

Enquanto isso, os aliados devem aumentar sua presença de tropas na região nórdica, realizando mais exercícios militares e patrulhas navais no Mar Báltico para tranquilizar Suécia e Finlândia.

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Após quatro horas de conversas em Madri na terça-feira, o presidente turco, Tayyip Erdogan, concordou com seus homólogos finlandês e sueco uma série de medidas de segurança para permitir que os dois países nórdicos superassem o veto turco que Ancara impôs em maio devido a suas preocupações com o terrorismo.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte foi fundada em 1949 para se defender contra a ameaça soviética. A invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro deu à organização um novo ímpeto após fracassos no Afeganistão e discórdia interna durante a era do ex-presidente dos EUA Donald Trump.

“Estamos enviando uma forte mensagem ao (presidente russo Vladimir) Putin: ‘você não vencerá'”, disse o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, em um discurso.

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Os aliados também concordaram com o primeiro novo conceito estratégico da Otan –seu principal documento de planejamento– em uma década. A Rússia, anteriormente classificada como parceira estratégica da Otan, agora é identificada como a principal ameaça à aliança.

A invasão da Ucrânia pela Rússia é “uma ameaça direta ao nosso modo de vida ocidental”, acrescentou o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, citando o impacto mais amplo da guerra, como o aumento dos preços da energia e dos alimentos.

O documento de planejamento também citou a China como um desafio pela primeira vez, preparando o terreno para os 30 aliados planejarem lidar com a transformação de Pequim de um parceiro comercial benigno em um concorrente em rápido crescimento do Ártico ao ciberespaço.

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