Otimismo com Zona do Euro guia queda de cinco pontos do risco-País

Mercado repercute reforço do BCE à Grécia, além de dados otimistas da economia norte-americana, em especial números do trabalho

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O indicador de risco-País registrou queda de cinco pontos-base, atingindo 200 pontos nesta quinta-feira (16). As especulações sobre o reforço do BCE (Banco Central Europeu) à Grécia animaram os investidores, assim como os dados da economia dos Estados Unidos, em especial os números do mercado de trabalho e indústria do país, que mostraram avanços significativos.

A autoridade monetária europeia mostrou que estaria disposta a renunciar aos lucros que poderia obter com os títulos da dívida grega. A ideia é que o BCE, efetivamente, troque os bônus gregos por bônus da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), o fundo de resgate temporário da Zona do Euro. O EFSF não manterá os bônus em seu balanço financeiro, mas os devolverá para a Grécia e o país; então, reembolsará o fundo pelo preço pago pelos papéis quando comprados do BCE. 

Agenda
Em dia de agenda movimentada, os indicadores econômicos foram responsáveis por melhorar o humor dos investidores. O mercado de trabalho surpreendeu positivamente após o Initial Claims revelar 348 mil pedidos de auxílio-desemprego na semana anterior, registrando o menor patamar em quatro anos. As expectativas giravam em torno de 365 mil novas solicitações.

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Enquanto isso, o PPI de janeiro registrou alta de 0,1%, enquanto em dezembro havia tido queda de 0,1%. Já o Housing Starts apresentou 699 mil casas no resultado anualizado de janeiro, acima dos 671 mil imóveis esperados pelo consenso de mercado. Por fim, o índice que mede a atividade industrial na região norte-americana da Filadélfia superou levemente as projeções de mercado e terminou em 10,2 pontos positivos em fevereiro.

Front doméstico
Por aqui, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) revelou o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) que apontou taxa de 0,24% na segunda semana de fevereiro. A FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) do mesmo período, que apontou inflação de 0,30%. Tivemos ainda o o IBC-Br (Índice Mensal de Atividade do BC), que apontou avanço de 2,72% em 2011. 

Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em baixa de 0,26% na noite desta quinta-feira, cotado a 132,70 centavos de dólar.

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Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 200 pontos-base.

O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.

Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.

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Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.

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