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Os números do segundo trimestre da Pague Menos (PGMN3) vieram fracos, mas em linha com a média de projeções do mercado. Os dados contrastaram com a da sua rival RD (RADL3), dona das marcas Droga Raia e Drogasil, que reportou resultados considerados “impressionantes” na noite de sexta-feira (29) e viu suas ações subirem forte na segunda.
Já nesta terça-feira (2), os ativos PGMN3 operavam em leve alta, de 1,33%, a R$ 4,57, apesar dos números fracos, após abrirem em queda.
A varejista farmacêutica teve desempenho inferior a RD tanto em termos de crescimento de receita quanto em rentabilidade, destacam analistas da XP.
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“Ao todo, os resultados foram fracos e abaixo do esperado devido às despesas financeiras”, escreveram analistas do Bradesco BBI.
Para a equipe de research da XP, a performance mais fraca – com vendas nas mesmas lojas em alta de 5% na base anual e margem Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações sobre receita líquida – pressionada, com queda de 0,5 ponto percentual – “foi explicada pelo pior desempenho das lojas nos estados da região Norte e Nordeste, maiores níveis de ruptura de estoque e pelo plano de expansão da companhia”.
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Apesar da melhor perspectiva de repasse de preços neste trimestre, as vendas mesmas lojas foram atingidas pela menor demanda por testes Covid e vieram fracas. A margem Ebitda melhorou sequencialmente, “uma vez que a pressão inflacionária foi finalmente compensada pelos preços, mas permaneceu abaixo das estimativas devido às despesas pré-operacionais de novas lojas e fortalecimento da estrutura corporativa para suportar o potencial de crescimento à frente”, explica o Credit Suisse.
O crescimento das vendas desacelerou 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado, devido à queda nos testes de Covid-19 e indisponibilidade de alguns produtos da indústria, relatou o BBI.
Em relação ao market share, ou participação de mercado, analistas do Credit Suisse enxergam deterioração de participação de mercado da rede de farmácias nas principais regiões.
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Segundo BBA, ventos favoráveis do setor não foram suficientes para compensar as questões micro da Pague Menos.
Do lado positivo, Credit Suisse destaca o fechamento final da aquisição da Extrafarma anunciado ontem, 111 aberturas de 111 lojas com curva de maturação melhor e digital crescendo 41,3% na base anual (agora 9,6% de penetração nas vendas).
Apesar de considerar os resultados medianos, o Credit Suisse reitera avaliação outperform (equivalente à compra) para Pague Menos, e preço-alvo de R$ 13 frente a cotação de fechamento de segunda-feira (1) de R$ 4,51, o que representa potencial de valorização (upside) de 188,2%. BBA classifica a empresa como outperform, com preço-alvo de R$ 10, potencial de alta de 121,7%. BBI também tem avaliação outperform e preço-alvo de R$ 7,50, upside de 66,3%. A XP Investimentos mantém recomendação de compra e preço-alvo de R$ 7, upside de 55,2%.
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“Após enfrentar os desafios de uma expansão rápida e um pouco desorganizada, a Pague Menos entrou em um longo processo de reestruturação e adequação em 2016. Como resultado, a empresa colocou em prática diversas iniciativas para melhorar as operações e a governança corporativa. Acreditamos que a Pague Menos esteja mais fortalecida e mais bem preparada para retomar seu crescimento, ao mesmo tempo em que captura diversos ganhos de eficiência no curto prazo”, avalia a XP.
O Itaú BBA reitera a recomendação equivalente à compra destacando o valuation atrativo de preço sobre lucro esperado para 2023 de 9,7 vezes. O catalisador para o papel, segundo o banco, seguirá sendo a integração com a Extrafarma. “A Pague Menos poderá apresentar ganhos de market share com a integração, uma vez que perdeu participação em seus principais mercados pelo terceiro trimestre consecutivo. Acreditamos que os investidores seguirão focados em novidades relacionadas à operação”, avaliam os analistas.
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