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“Ainda tenho uma pequena alocação em Bitcoin (BTC)”, disse o lendário gestor de fundos hedge Paul Tudor Jones para a CNBC nesta segunda-feira (10).
Não foi exatamente um endosso empolgante à criptomoeda, dado o grande otimismo de Jones com o ativo há mais de dois anos. Naquela época, em meados de 2020, Jones disse que havia alocado de 1% a 2% de seu portfólio multibilionário em Bitcoin.
Mais tarde, ele falou que poderia alocar até 5% no BTC se o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) continuasse em seu caminho de degradação monetária. Suas declarações na época ajudaram a aumentar ainda mais os preços dos criptoativos, que já estavam em alta.
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O novo posicionamento tímido sobre ativos digitais não gerou tanto efeito, e o preço do Bitcoin permanece atolado na faixa de US$ 19 mil.
Em 2020, cabe lembrar, o Fed estava no meio de vários esquemas de estímulo para manter em pé a economia e o sistema financeiro em meio ao novo coronavírus. Hoje, o banco central dos EUA está fazendo exatamente o oposto, e aperta rapidamente a política monetária para combater o aumento da inflação que ajudou a criar.
“A inflação é um pouco como pasta de dente”, disse Jones nesta manhã. “Depois de tirá-la do tubo, é difícil colocá-la de volta.” O Fed, disse ele, “está furiosamente tentando tirar esse gosto da boca deles… Se entrarmos em recessão, isso terá consequências realmente negativas para uma variedade de ativos.”
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Embora Jones tenha dito que continua acreditando que no valor do Bitcoin, ele concluiu que o dinheiro é o lugar certo (para alocar recursos), desde que o Fed possa cumprir sua promessa de trazer a inflação de volta à meta de 2%.