Pequeno negócio de chocolates planeja crescer 10 vezes com exportações

Aguimar Ferreira Chocolateria, sediada em Brasília, negocia envio de produtos para México e Emirados Árabes com apoio e treinamento da Apex-Brasil

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Cacau de qualidade, produtos veganos, zero açúcar, sem glúten e alfajores inspirados na receita dos vizinhos argentinos traduzem a Aguimar Ferreira Chocolateria, pequeno negócio fundado em 2009, em Brasília (DF), e liderado pelo ex-jogador de futebol Alexandre Ferreira. A empresa familiar mantém uma loja na capital e prospecta o mercado internacional há pelo menos sete anos, quando criou uma linha personalizada de chocolates com a bandeira dos países em comemoração à Copa do Mundo de 2014.

Mas foi só no ano passado que o negócio começou a trilhar os caminhos para exportar com base no programa de incentivo da Apex-Brasil. “A alta do dólar observada nos últimos meses contribuiu para que os produtos brasileiros ficassem mais atrativos no mercado internacional”, diz Ferreira, que ao identificar a oportunidade se inscreveu no PEIEX, Programa de Qualificação para Exportação oferecido pela Apex-Brasil.

O curso online e gratuito, que tem universidades e centros de pesquisa como parceiros, abriu as portas do mundo para o negócio sediado na capital do Brasil, que planeja crescer 10 vezes impulsionado pelas exportações.  “Entendia a exportação como um lugar escuro e distante, uma questão complexa de trabalhar”, diz Ferreira que considera o PEIEX como um divisor de águas para o negócio.

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A iniciativa mapeia os passos da jornada que as pequenas e médias empresas devem trilhar para viabilizar as exportações. Isso inclui desde obter certificações e aderir a modalidades diferenciadas de frete, até o desenho das embalagens.

Planejamento e estratégia

Ao enumerar os pontos que precisavam ser melhorados para tornar a Aguimar Ferreira Chocolateria uma exportadora, Ferreira colocou o assunto como prioridade tanto nos processos internos, quanto na prospecção de parceiros. Foi na plataforma Connect Americas – iniciativa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em parceria com a Apex-Brasil, que o empresário se conectou com compradores e vendedores de produtos no continente americano. As conversas com uma importadora do México interessada em distribuir alfajores para uma grande rede de supermercados se mostraram promissoras.

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Mesmo sem falar espanhol, Ferreira avançou na negociação formal, que durou meses, com a ajuda de uma tradutora. “Me surpreendi com o fato de resolver a barreira do idioma de maneira criativa e leve. Nossa comunicação foi assertiva”, afirma. Com o negócio alinhado, o próximo passo foi colocar em prática a teoria adquirida no curso da Apex-Brasil: para atender à demanda do novo cliente, de 240 mil alfajores no primeiro pedido, Ferreira adquiriu novas máquinas e promoveu mudanças na dinâmica de produção e finalização dos produtos, além de contratar profissionais especializados em controle de qualidade e nutrição.

Novos negócios

Perder o medo de exportar incentivou o empresário a se dedicar cada vez mais a buscar novos parceiros. O networking, apoiado pela Apex-Brasil, rendeu um novo negócio – ainda maior – com uma distribuidora dos Emirados Árabes interessada em comprar barras de chocolate. “Contamos com o apoio da Apex também para enviar as amostras de produtos, uma ação estratégica”, diz Ferreira.

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Os árabes validaram a aprovação do chocolate com a proposta de comprar 9 toneladas do produto em barras por mês. O acordo mudou de maneira radical o dia a dia da empresa, que agora tem duas fábricas e se organiza para elevar a capacidade atual de produção, de 1 tonelada/mês, para 11 toneladas por mês até o segundo semestre de 2022. O processo refletiu no número de colaboradores, que avançou de 4 para 20.

“Depois que a gente entregar as primeiras cargas, a ideia é mapear o mercado em busca de mais clientes. A meta é elevar a produção para 20 toneladas por mês até 2024”, diz Ferreira. O reflexo no quadro de funcionários deve ser ainda mais expressivo. “Entre nutricionistas, pessoal da linha de produção, controle de qualidade e logística devemos empregar 250 pessoas”.

Vantagens de exportar

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Além de balizar a expansão do negócio, o interesse de estrangeiros pelos chocolates eleva também a demanda dentro do Brasil. “O ato de exportar nos diferencia dos concorrentes ao gerar um selo de qualidade, o que reflete na valorização dos produtos no ambiente doméstico”, afirma Ferreira.

A Apex-Brasil ressalta que exportar abre espaço para a participação em feiras, missões empreendedoras e rodadas de negócio, o que abre um mapa de oportunidades – desde novos parceiros comerciais até a atração de investimentos estrangeiros.

“Do ponto de vista do pequeno empresário, exportar é uma jornada que exige dedicação e paciência. Mas o retorno é significativo não só para a evolução do negócio, como também para a vida dos colaboradores. Trata-se de um legado”, diz Ferreira.

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