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SÃO PAULO – Enquanto o mercado aguarda pela volta do recesso parlamentar, o noticiário corporativo está bastante agitado, com recomendações, notícias sobre a CVM, resultados, entre outros. Confira os destaques corporativos desta terça-feira (2):
Petrobras
De acordo com informações do jornal O Globo, a Petrobras (PETR3;PETR4) estuda unir o Comperj com as refinarias Reduc e Regap, o que pode ser uma saída para encontrar um sócio para continuar com as obras do complexo petroquímico.
As obras do Comperj em construção em Itaboraí (RJ) estão paradas, pois o local foi um dos alvos do esquema de corrupção entre funcionários da estatal e fornecedores revelado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.
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Uma das soluções em análise, aponta o jornal, é juntar o Comperj com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), também no Estado do Rio, e a Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, e encontrar um sócio, que poderia ter uma participação minoritária relevante no conjunto dos ativos das três refinarias.
Além disso, segundo informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) antecipou ao Planalto que votará a proposta que libera a Petrobras da função de operadora única no pré-sal.
No noticiário da estatal, o campo de Lula, operado pela Petrobras no pré-sal da Bacia de Santos, foi responsável pela exportação de 59,1 milhões de barris de petróleo, ou 162 mil barris de petróleo por dia em 2015, informou a petroleira nesta segunda-feira. Lula atualmente é o principal campo produtor de petróleo e gás do país.
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“A expectativa para 2016 é de um aumento ainda maior com a entrada em operação dos FPSOs Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema, adicionando uma capacidade de produção de até 300 mil bpd ao campo de Lula”, afirmou a empresa em nota.
Oi
A CVM deverá abrir inquérito para reavaliar se houve abuso de poder dos controladores na malsucedida fusão entre Oi (OIBR4) e Portugal Telecom, diz Valor Econômico, citando recomendação da Superintendência de Relações com Empresas à Superintendência de Processos Sancionadores da autarquia.
A CVM deve investigar também se existe alguma evidência de que os controladores e diretores da Oi e do Grupo Espírito Santo tinham conhecimento do investimento na Rioforte, diz o jornal, citando uma das recomendações.
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A Oi e a Portugal Telecom acertaram fusão em 2013. Em julho de 2014, as companhias renegociaram acordo para dar à Portugal Telecom uma fatia menor na emporesa combinada depois da informação de que o grupo português detinha 897 milhões de euros em papéis da Rioforte. A Oi vendeu ativos portugueses para Altice no ano passado.
A Oi e seus antigos controladores Andrade Gutierrez e La Fonte não comentaram, segundo Valor.
Raia Drogasil em Wall Street
O conselho de administração da Raia Drogasil (RADL3) aprovou a criação do programa de ADRs (American Depositary Receipts) – Nível 1. O programa, ainda em fase de implementação, visa facilitar o acesso do estrangeiro no capital da empresa, aumentando sua visibilidade e promovendo maior liquidez para as ações.
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Os ADRs serão negociados em mercado de balcão (OTC) em Nova York e cada ADR representará uma ação ordinária da companhia. O Bank of New York Mellon será a instituição depositária nos EUA responsável pela emissão dos respectivos recibos depositários, e o banco custodiante será o Itaú Unibanco.
Uma das melhores ações da Bolsa em 2015 (alta de 41,88%), a Raia Drogasil aparece como principal destaque de alta do Ibovespa em 2016, acumulando até esta segunda-feira uma valorização de 19,36% no ano – no mesmo período, o índice caiu 6,41%.
Cielo: abaixo do esperado
A Cielo (CIEL3) teve lucro de líquido de R$ 852,7 milhões no quarto trimestre de 2015, alta de 6,2% na comparação anual, segundo informou a empresa ao mercado. O resultado ficou bem abaixo das estimativas, que giravam em R$ 977,4 milhões, segundo média das projeções da Bloomberg.
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Em termos ajustados, o lucro líquido foi de R$ 920,2 milhões, aumento ano a ano de 14,6%. Na mesma base de comparação, a margem de lucro (Lucro Líquido/Receita Líquida) desabou 9,8 pontos percentuais, para 27,9%.
O Ebitda (Lucro Antes de Juros Impostos, Depreciações e Amortizações) da companhia de meios de pagamento cresceu 43,8% na comparação com o último trimestre de 2014, para R$ 1,33 bilhão. Contudo, ele também ficou aquém do esperado (R$ 1,45 bilhão).
Já a receita líquida, subiu 43,6% na mesma base, para R$ 3,06 bilhões – a estimativa era de R$ 3,17 bilhões. Entre outubro e dezembro, o volume financeiro de pagamentos feitos com cartões de crédito e de débito por meio de terminais da Cielo somou R$ 154,6 bilhões, aumento de 7,4% sobre um ano antes.
Além do balanço, a Cielo também aprovou a distribuição de R$ 540,9 milhões do lucro aos acionistas sendo R$ 139,4 milhões em juros sobre capital próprio e R$ 401,5 milhões em dividendos. Os valores de juros e dividendos por ação a R$ 0,0740755 e R$ 0,21337281, respectivamente.
Segundo o Bradesco BBI, a principal surpresa negativa veio das receitas no Brasil; “além disso fomos surpreendidos pelo custo/transação de R$ 0,54 no trimestre, superior na comparação trimestral”, destacam os analistas.
Já o JPMorgan Securities cortou o preço-alvo para as ações da Cielo de R$ 46 para R$ 40, mantendo recomendação overweight (exposição acima da média), destacando as condições econômicas deterioradas do cenário atual.
Itaú Unibanco
O Itaú Unibanco (ITUB4) teve um aumento de 15,4% do lucro em 2015, somando R$ 23,35 bilhões, o maior lucro da história entre os bancos brasileiros de capital aberto em valores nominais. O recorde anterior também era do Itaú, quando totalizou um resultado positivo de R$ 20,24 bilhões em 2014.
No quarto trimestre do ano passado, o lucro somou R$ 5,698 bilhões, com baixa de 4,15% em relação ao terceiro trimestre, mas alta de 3,2% se comparado aos últimos três meses de 2014.
O saldo da carteira de crédito encerrou o ano a R$ 548,1 bilhões, alta de 4,3% na comparação anual, “devido principalmente ao aumento das carteiras de crédito consignado, crédito imobiliário, grandes empresas e América Latina”. O total de ativos da instituição financeira teve alta de 12,4% e somou R$ 1,4 trilhão.
O banco anunciou a recompra de até 10 milhões de ações ordinárias e 50 milhões de preferenciais, equivalentes a 3,47% das ordinárias e aproximadamente 1,66% das preferenciais em circulação com data-base em 31 de dezembro de 2015, segundo comunicado.
A recompra começa amanhã e termina em agosto de 2017. O banco ainda anunciou dividendo complementar de R$ 0,1980 por ação e JCP complementar de R$ 0,4564, com efeito líquido pós Imposto de Renda de R$ 0,38794.
Gerdau chega ao “divisor de águas”
A Gerdau (GGBR4) subiu 5,56% na segunda-feira, fechando a R$ 3,80, superando assim com folga os R$ 3,69, considerado um “divisor de águas” por Wagner Caetano, trader profissional que desde janeiro está montando uma significativa participação na siderúrgica. A história sobre essa operação ficou famosa semana passada após Caetano revelar que vendeu um imóvel no valor de R$ 400 mil para capitlizar esse trade (clique aqui para ler mais sobre essa história).
Cemig
A Cemig (CMIG4) teve a sua recomendação rebaixada para underperform pelo Itaú BBA. Segundo os analistas, a companhia poderá vender parte de suas fatias minoritárias para reduzir endividamento; “isso significa que algo do seu potencial de ganho (25%) poderá desaparecer com uma eventual venda ocorrendo com desconto em relação ao preço justo”.
Bancos
As novas medidas anunciadas pelo governo do Brasil para estimular a atividade econômica usando bancos públicos são negativas para o crédito dos bancos, afirmou a agência de classificação de risco Moody’s. Em relatório, a agência diz que as iniciativas vão encorajar essas instituições a assumir mais ativos de risco em um momento em que a recessão econômica, a alta inflação e o aumento do desemprego já estão erodindo a capacidade de pagamento dos tomadores de empréstimos.
Isso vai colocar mais pressão sobre as posições de capital dos bancos, que têm declinado como resultado do rápido crescimento dos empréstimos, avalia a Moody’s (clique aqui para ler a notícia completa).
Braskem
A Braskem (BRKM5) está conseguindo escapar da turbulência no mercado internacional de bonds após assinar um acordo de fornecimento com a Petrobras. Os US$ 3,6 bilhões em notas da gigante do setor petroquímico tiveram ganho de 4,6% desde 23 de dezembro, quando a empresa disse ter garantido um acordo de cinco anos com a Petrobras para comprar nafta – um derivado do petróleo bruto e a principal matéria-prima na fabricação de petroquímicos.
Os investidores apostam que o acordo ajudará a maior fabricante de produtos químicos da América Latina a capitalizar com a desvalorização do real para aumentar as exportações, em um momento em que muitas empresas do país lutam contra a pior recessão em mais de um século. “Considerando o que está acontecendo no Brasil, esse é um diamante bruto”, disse John Haugh, estrategista para a América Latina da Mizuho Securities USA em Nova York (clique aqui para ler mais sobre a notícia).
BRF
A BRF (BRFS3) comunica que sua controlada BRF Invicta Limited celebrou nesta segunda-feira o contrato definitivo sobre a aquisição da totalidade do capital social da Universal Meats, concluindo a referida aquisição. “A aquisição está em linha com o plano estratégico da BRF de globalizar a companhia, acessando mercados locais, fortalecendo suas marcas, distribuição e expansão de seu portfólio ao redor do globo”, diz a empresa em comunicado.
OPA da Sofisa
A controladora do Banco Sofisa (SFSA4), Hilda Diruhy Burmaian, anunciou nesta segunda-feira (1) a intenção de realizar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) pelas ações preferenciais do banco em circulação no mercado, com o intuito de fechar o capital da empresa. A ação, que tem baixíssima liquidez, subiu 69,3% nos últimos dois meses (clique aqui para ler mais sobre esta notícia).
Aliansce
A Aliansce (ALSC3) divulgou prévia operacional referente ao quarto trimestre e a 2015. As vendas dos shoppings atingiram R$ 2,6 bilhões no quarto trimestre e somaram R$ 8,4 bilhões no ano.
As vendas mesmas lojas tiveram uma redução de 6,2% nos últimos três meses de 2015, melhora de 0,3 ponto percentual em relação à variação apresentada no 3T15. No ano, as vendas mesmas lojas por m² caíram 2,8%. Os aluguéis nas mesmas lojas por m² cresceram 4,7% em 2015.
Dasa
De acordo com informações da BM&FBovespa, a OPA (Oferta Pública de Aquisição) da Dasa (DASA3) movimentou R$ 837,1 milhões. Foram adquiridas 79,7 milhões de ações a R$ 10,50 cada.
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