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No Radar InfoMoney desta terça-feira (11) destaque para Petrobras – com expectativa de autorização do Cade para venda de refinarias e o recebimento de R$ 265 milhões da Braskem, por acordos de leniência –, à BRF com divisão no conselho sobre fusão com Marfrig e à Klabin por emissão de R$ 1 bilhão. Confira esses e outros destaques corporativos.
Petrobras (PETR3;PETR4) e Braskem (BRKM5)
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Petrobras devem fechar amanhã acordo que prevê a venda de refinarias da estatal. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, citando fontes, o órgão deve aceitar os termos da Petrobras, que representam a venda de quase 50% da capacidade de refino.
Segundo a publicação, a Petrobras apresentou a proposta de vender refinarias com a intenção de fechar um acordo com o conselho e encerrar investigações do Cade. A suspeita do órgão é que a estatal, que tem 98% desse mercado, tire proveito da situação de monopólio para determinar os preços dos combustíveis no País.
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O acordo a ser analisado pelo tribunal do Cade amanhã deve homologar o entendimento sobre a venda. Como é do interesse do governo vender ativos da estatal, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participará da sessão.
Ainda sobre a petroleira, a companhia recebeu o valor aproximado de R$ 265 milhões, em decorrência de acordo de leniência da Braskem celebrado com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU).
A Braskem já havia devolvido R$ 564 milhões à Petrobras (R$ 363 milhões em 07/12/2017 e R$ 201 milhões em 08/08/2018), em razão do acordo de leniência firmado com o Ministério Público Federal (MPF), que, somado ao valor restituído agora, totaliza cerca de R$ 829 milhões.
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“Cabe destacar que o total de recursos transferidos para a Petrobras em decorrência dos acordos de colaboração, acordos de leniência e repatriações, realizados em razão da Operação Lava Jato, ultrapassa o montante de R$ 3,5 bilhões”, diz a petroleira, ressaltado que segue adotando “as medidas cabíveis, em busca do adequado ressarcimento dos prejuízos decorrentes dos ilícitos praticados”.
Por fim, a Reuters informa que a Petrobras deve receber nesta terça as propostas não vinculantes pela Liquigás Distribuidora, subsidiária da estatal para a distribuição de botijões de gás, segundo apontaram três pessoas com conhecimento direto do assunto.
BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3)
O jornal Valor Econômico destaca que os conselheiros da BRF estão divididos em relação à uma eventual fusão com a Marfrig. A união das empresas seria benéfica no longo prazo, criando competitividade global e dando saúde financeira; porém, no curto prazo, haveria riscos de governança, choque cultural e baixa sinergias.
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Segundo a publicação, os fundos Petros e Previ estão descontentes com a operação, assim como o acionista Luiz Fernando Furlan. A operação pretende criar a quarta maior empresa de proteínas do mundo.
Klabin (KLBN11)
A Klabin anunciou a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor total de R$ 1 bilhão e de certificados de recebíveis do agronegócio da 30ª emissão, da Vert Companhia Securitizadora, que serão emitidos com lastro nos créditos do agronegócio decorrentes das debêntures. A data de vencimento das debêntures é de 15 de junho de 2029.
Na hipótese de a demanda apurada junto aos investidores para subscrição e integralização dos CRA ser inferior a 1 milhão de CRA, com valor unitário de R$ 1.000,00 por CRA, o valor total da emissão será reduzido proporcionalmente.
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Enel (ELPL3) e Eletrobras (ELET3;ELET6)
A Enel, ex-Eletropaulo, informou ontem que pagou a primeira parcela do acordo firmado com a Eletrobras, no montante de R$ 274,477 milhões, equivalente ao valor histórico de R$ 250 milhões, atualizado. Os buscam encerrar a disputa judicial que envolvia a Eletrobras e a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) sobre um empréstimo feito à distribuidora paulista que se arrastou quase três décadas.
Pelo acordo, a Enel se comprometeu a desembolsar R$ 1,500 bilhão para quitar o débito oriundo do processo judicial, sendo R$ 1,400 bilhão para a Eletrobras e R$ 100 milhões de honorários de sucumbência aos advogados. A empresa resguardou seu direito de regresso contra a Cteep.
Itaú Unibanco (ITUB4)
O Estadão destaca que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode impor restrições à compra de parte da Ticket Serviços pelo Itaú, anunciada em setembro. Segundo a publicação, o relator do processo, João Paulo de Resende, deverá apresentar voto com sugestão de “remédios” para o negócio, mas o conselho está dividido e alguns defendem a aprovação sem restrições.
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O jornal afirma que a intenção do relator e de conselheiros que tendem a acompanhá-lo no julgamento é evitar que o Itaú, ao se aproveitar da sua capilaridade para oferecer os serviços da Ticket, retire do mercado concorrentes menores. A oferta de benefícios ao trabalhador, como vale-refeição e vale-alimentação, já é considerada muito concentrada.
Gol (GOLL4) e Latam
As companhias aéreas Gol e a Latam esperam que, caso a falência da Avianca seja decretada, na próxima semana – a decisão que seria ontem foi adiada –, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) faça a redistribuição dos horários de pousos e decolagens dos slots da empresa como manda a atual legislação, que prevê a divisão das posições igualmente entre as aéreas que já operam nos aeroportos, diz o Valor.
A sessão que julgaria ontem a realização do leilão dos slots (autorizações de pouso e decolagem) da Avianca foi adiada para o dia 17, disseram fontes ao Estadão. Ontem, seria avaliado o pedido da prestadora de serviços em aeroportos Swissport para que um novo plano de recuperação judicial fosse apresentado.
Um dos magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo informou que o desembargador Ricardo Negrão, do TJSP, estava “acamado”, disse uma fonte. A Avianca entrou em recuperação judicial em dezembro de 2018, com dívidas de R$ 2,7 bilhões.
A Latam divulgou nesta segunda-feira, 10, seus dados operacionais do mês de maio. A companhia registrou aumento de 6,4% na demanda por seus voos (RPK) na comparação com o mesmo mês de 2018, enquanto a oferta de assentos (ASK) subiu 3% na mesma comparação. Assim, a taxa de ocupação subiu 2,7 pontos porcentuais em um ano, para 83,6%. O número de passageiros transportados subiu 8,6%.
Cemig
Cemig (CMIG4)
O presidente da estatal mineira de energia elétrica Cemig, Cledorvino Belini, defendeu ontem em sabatina na Assembleia Legislativa do estado a proposta de privatização da companhia, em linha com o discurso do governador Romeu Zema. Segundo Belini, a companhia cresceu sem ter a capacidade de sustentar os investimentos necessários em Minas Gerais, de acordo com informações do site do legislativo mineiro.
O executivo acrescentou que R$ 6 bilhões deixaram de ser investidos nos últimos anos. “Os problemas da Cemig serão resolvidos gradualmente até 2023, quando concluirmos esses investimentos”, salientou. Ele afirmou ainda que a elétrica precisa reforçar sua infraestrutura de transmissão e distribuição, modernizar a Cemig e investir em energias renováveis, o que demandaria recursos de cerca de R$ 27 bilhões.
TIM (TIMP3)
A TIM enviou uma petição ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) alertando para a concentração de espectro de radiofrequência na compra da Nextel pela Claro. Na visão da TIM, a Claro deveria ser obrigada a devolver, renunciar ou compartilhar parte desse espectro com as demais operadoras como condição para que a compra da Nextel seja aprovada.
CPFL (CPFE3)
A chinesa State Grid reduziu a faixa indicativa de preço da oferta de ações da CPFL Energia para R$ 27 a R$ 29, segundo pessoas a par do assunto que pediram para não serem identificadas discutindo informações que não são públicas.
A State Grid está vendendo cerca de 116,8 milhões de ações — sem contar os lotes suplementares e adicionais — da sua subsidiária no Brasil para se adequar às regras do Novo Mercado da B3 – Brasil Bolsa Balcão, que exigem mínimo de 15% do capital da empresa nas mãos do mercado. A faixa de preço anterior estava prevista entre R$ 29,30 e R$ 35,30, de acordo com documentos protocolados na Comissão de Valores Mobiliários.
B3 (B3SA3)
A B3 informou agora pela manhã a conclusão da operação de aquisição do Portal de Documentos, após cumprimento de todas as condições precedentes relacionadas à transação, incluindo a confirmação da aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A conclusão da etapa de atendimento das condições precedentes resultou em ajuste nos termos econômicos da transação.
O valor final total da aquisição do Portal de Documentos poderá chegar a R$ 155,0 milhões, sendo R$ 40,0 milhões à vista e o saldo restante em um período de até quatro anos a partir do fechamento da transação, “a depender do atendimento de condições contratuais e do atingimento de metas financeiras e operacionais”.
“A Companhia reitera que essa aquisição está alinhada com seu objetivo estratégico de agregar valor aos seus clientes, pois aumentará e diversificará a oferta de produtos aos bancos que atuam na cadeia de crédito de veículos e imóveis”, finalizou no fato relevante.
A B3 ainda informou que o segmento de ações registrou um volume financeiro médio diário de R$ 15,010 bilhões em maio, representando alta de 5,8% ante igual mês do ano passado. O volume de derivativos médio diário somou R$ 3,680 bilhões, recuo de 16,3% na mesma comparação.
Banco Inter (BIDI4)
O Banco Inter informou que está tomando uma série de medidas para melhorar sua governança e aumentar a liquidez de suas ações.
A instituição vai promover uma listagem de ações ordinárias (ON) na B3 e implementar um programa de emissão de certificados de depósitos de ações, para a formação de units.
(Agência Estado e Bloomberg)
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