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SÃO PAULO – O Ibovespa opera com forte queda hoje após as blue chips Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3; VALE5) terem iniciado a sessão em alta mas virado para a queda no decorrer do pregão, tendência que predominou na semana passada. Os papéis têm volatilidade em dia de vencimento sobre ações na Bovespa. Às 14h58 (horário de Brasília), o índice da Bolsa operava com queda de 3,23%, a 46.451 pontos.
No momento, oito papéis do Ibovespa operam com queda superior à 5%, enquanto se salvam os papéis da ordinários da Usiminas (USIM3, R$ 9,66, +3,21%), que sobe em meio ao imbróglio entre as partes do bloco de controle da companhia, que brigam na justiça após destituição de três grandes executivos da companhia, incluindo o presidente. Além delas, no positivo estão também os papéis da Ser Educacional, após a empresa anunciar que adquiriu a Universidade Guarulhos por R$ 199,08 milhões. As ações da Eneva também registram valorização após derrocada semana passada com o anúncio de que a empresa entrou com pedido de recuperação judicial.
O movimento de queda da Petrobras segue ao adiamento da divulgação do seu balanço não auditado do terceiro trimestre e, consequente, corte do preço-alvo dos papéis pelo HSBC. Apesar das turbulências do cenário externo, há referências positivas do lado de fora, com uma leve recuperação dos preços do petróleo. O cenário externo é positivo nesta segunda-feira, com o barril WTI, negociado na Nymex (New York Mercantile Exchange), para entrega em janeiro subindo 0,59%, a US$ 58,13.
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Do lado negativo, destaque ainda para as ações da Rossi (RSID3, R$ 2,16, -10,00%), que depois de um respiro na sexta-feira, voltam ao movimento de forte queda na Bovespa. Neste momento, os papéis da companhia figuram na maior queda do Ibovespa, na sua sétima queda em oito pregões, período em que caíram 38,5%. Com forte desvalorização operam também os papéis da Gol (GOLL4, R$ 13,43, -8,83%), que afundam na Bolsa no momento.
Confira os principais destaques da Bovespa nesta sessão:
Petrobras (PETR3, R$ 8,54, -9,73%; PETR4, R$ 9,21, -8,90%)
As ações da Petrobras despencam na sessão após abrirem com valorização, dando continuidade à sua sexta sessão seguida de desvalorização. No radar da empresa, a estatal adiou novamente a divulgação de suas divulgações contábeis não auditadas do terceiro trimestre para até 31 de janeiro, devido a “novos fatos” relacionados à Operação Lava Jato que investiga um suposto esquema de corrupção na estatal. Vale mencionar que com o vencimento de opções hoje, quem adquire Petrobras está vendendo nesta sessão, o que ajuda a pressionar os ativos da estatal para a queda.
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Hoje, o HSBC cortou o preço-alvo dos papéis preferenciais da companhia de R$ 10,70 para R$ 8,70, refletindo a desvalorização de 17,5% na última semana, quando as ações passaram do patamar de R$ 12 para R$ 10. O banco ressaltou ainda que a companhia corre o risco de ficar sem caixa no quarto trimestre do ano que vem caso não divulgue suas demonstrações financeiras e, consequentemente, não consiga acessar o mercado de dívida no próximo ano. O Credit Suisse, no entanto, cortou o preço-alvo para os ADRs (American Depositary Receipts) da petrolífera de US$ 14, para US$ 7,30.
Vale (VALE3, R$ 18,61, -1,59%; VALE5, R$ 15,91, -1,85%)
As ações da Vale, que vêm sendo fortemente penalizadas pela derrocada do minério de ferro, voltaram a cair nesta sessão após abertura em alta. Os papéis da companhia mostravam valorização em meio ao movimento de alta da commodity hoje. Acompanham o movimento, as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 11,55, -1,28%), holding que detém participação na Vale. Apesar otimismo no dia, operadores já alertavam que deveria ser difícil manter um bom desempenho dos papéis ao longo de todo o pregão, devido ao cenário ainda desafiador.
Hoje, após cortar o preço-alvo dos papéis da estatal Petrobras, o Credit Suisse também cortou o preço-alvo para os ativos da Vale, que passaram de US$ 10,70 para US$ 7,50. O corte se deveu pela queda no preço das commodities.
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Construtoras
Do lado negativo, destaque também para as ações das construtoras. Além da Rossi, caem forte os papéis da Brasil Brokers (BBRK3, R$ 2,25, -8,16%), Lopes Brasil (LPSB3, R$ 6,68, -4,57%), PDG Realty (PDGR3, R$ 0,82, -4,65%) e Direcional (DIRR3, R$ 8,68, -4,62%). Para analistas, o Relatório Focus desta semana reforçou expectativa do mercado de uma alta de 0,5 ponto percentual na Selic em janeiro, o que afeta ações sensíveis ao juros, como o setor imobiliário.
Bancos
Com a abertura dos Estados Unidos, o Ibovespa passou a cair e, juntamente, papéis que vinham de movimento de leve recuperação, como os bancos, operam com queda. Destaque para as ações do Banco do Brasil (BBAS3, R$ 22,42, -3,49%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 32,64, -3,29%) e Bradesco (BBDC3, R$ 32,15, -3,05%; BBDC4, R$ 32,95, -3,32%), que voltam a cair seguindo a tendência negativa do Ibovespa, que caiu 7,7% na semana passada, que foi a pior desde maio de 2012.
Copel (CPLE6, R$ 34,39, +0,79%)
As ações da Copel figuram entre as maiores altas do Ibovespa. Na sexta-feira, a companhia teve sua recomendação elevada pelo Goldman Sachs, de neutra para compra, devido ao desconto do valuation, na comparação com múltiplos do setor, e melhor visibilidade quanto às tarifas após a reeleição do governador Beto Richa.
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B2W (BTOW3, R$ 21,72, -8,43%)
A B2W promove, entre esta segunda-feira e terça-feira, a edição do Black Night, quando Americanas.com, Submarino, Shoptime, Sou Barato, Americanas.com, Viagens e Submarino Viagens, entre outros varejistas, farão descontos de até 80% durante o período da noite e da madrugada.
Oi (OIBR4, R$ 1,11, -0,89%) e TIM (TIMP3, R$ 11,90, -1,57%)
As ações da Oi e TIM operam próximas da estabilidade nesta segunda-feira, beneficiadas por declarações do presidente da Oi sobre possível consolidação do setor no Brasil. Após anunciar dados operacionais de outubro e novembro, mostrando uma receita líquida no Brasil de R$ 2,33 bilhões, uma alta de 3,7% na comparação com o terceiro trimestre, o presidente da Oi, Bayard Gontijo, afirmou que a venda de ativos portugueses da Portugal Telecom trará uma entrada substancial de caixa e redução do endividamento, o que permitirá a empresa fazer um movimento de consolidação.
Eneva (ENEV3, R$ 0,30, +7,14%)
As ações da geradora de energia Eneva, ex-MPX Energia, sobem forte hoje após derrocada semana passada com o anúncio de que a empresa entrou com pedido de recuperação judicial. A companhia convocou hoje uma assembleia geral extraordinária para 30 de dezembro, às 11h (horário de Brasília), na qual os acionistas poderão votar a ratificação do pedido de recuperação judicial da companhia, ajuizada, em medida de urgência, no dia 9 de dezembro.
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Linx (LINX3, R$ 52,00, -0,95%)
As ações da Linx passam a subir após anúncio de que a empresa adquiriu a Softpharma pelo valor de R$ 44 milhões, que será pago à vista e adicionalmente, sujeito ao atingimento de determinadas metas financeiras e operacionais para os anos de 2015 e 2016, poderá adicionar mais até R$ 21,08 milhões ao montante. Segundo a companhia, a aquisição está alinhada com seus objetivos estratégicos de aquisição de ativos no setor de tecnologia, especificamente de empresas de software de gestão focadas no varejo.
Ser Educacional (SEER3, R$ 27,41, +0,04%)
A ação da Ser Educacional sobem após a empresa anunciar que adquiriu a Universidade Guarulhos por R$ 199,08 milhões. Com a operação, a companhia passa a deter 35 unidades de ensino superior distribuídas em 12 estados e 24 cidades.