Petrobras (PETR4) anuncia redução de 8% do preço do diesel e de 6% da gasolina a partir de quarta-feira

Preço médio de venda de diesel A passará de R$ 4,89 para R$ 4,49 por litro; já da gasolina A irá de R$ 3,28 para R$ 3,08 por litro

Equipe InfoMoney

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A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou a redução dos preços de venda de diesel e gasolina para as distribuidoras a partir da próxima quarta-feira (7).

O preço médio de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,89 para R$ 4,49 por litro, uma redução de R$ 0,40 por litro, ou baixa de 8,18%.

Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 4,04 a cada litro vendido na bomba, afirma a companhia.

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Para a gasolina A, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,28 para R$ 3,08 por litro, uma redução de R$ 0,20 por litro, uma queda de 6,10%.

Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,25 a cada litro vendido na bomba.

Segundo a companhia, “essas reduções acompanham a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.

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A gasolina da petroleira estava com o preço inalterado desde 2 de setembro e o diesel desde 20 de setembro.

Durante a maior parte do período sem reajustes, os valores praticados no país pela companhia estavam inferiores a indicadores de paridade de preço internacional, o que dificulta importações, conforme cálculos da associação de importadores Abicom, que considera que a companhia deveria ter ajustado para cima os preços.

Os dois combustíveis ficaram mais caros no Brasil do que no exterior apenas recentemente, ao final de novembro, disse a Abicom.

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O presidente-executivo da Abicom, Sérgio Araujo, reiterou à Reuters nesta terça-feira que a Petrobras tem sido mais rápida para reduzir preços, quando há recuo no mercado internacional, do que para elevar.

“A Petrobras ficou 95 dias sem reajustar o preço da gasolina 77 dias sem reajustar o óleo diesel, essas defasagens ficaram muito negativas durante período muito grande, desde fim de setembro até poucos dias atrás e a Petrobras não reagiu. Agora que está reduzindo preço internacional, a Petrobras está reagindo de forma muito rápida. Os tempos de reação são diferentes”, disse Araujo.

Em outubro, o diretor-executivo de Exploração e Produção da companhia, Fernando Borges, afirmou que a Petrobras beneficia a sociedade brasileira ao demorar mais para elevar os preços dos combustíveis nos períodos em que os valores estão em alta no mercado externo.

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A prática, segundo o diretor disse na ocasião, é administrada dentro de uma banda de valores considerada pela companhia. O executivo reiterou à época, entretanto, que a petroleira segue os valores de mercado, ao mesmo tempo em que evita repassar volatilidades aos consumidores no Brasil.

Os reajustes anunciados nesta terça-feira ficaram bem próximos das defasagens apontadas pela Abicom. Com base no fechamento dos mercados de segunda-feira, a associação calculou que havia uma diferença positiva média de 8% no óleo diesel e na gasolina, vendidos no Brasil na comparação com o exterior.

Dessa forma, Araujo destacou que, apesar de a Petrobras contestar com frequência os cálculos de paridade apresentados pela Abicom, movimentos como o de hoje mostram que seus cálculos não são tão diferentes, em sua avaliação.

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Durante 2022, praticamente apenas uma das 10 associadas da Abicom realizaram importações, segundo Araujo, “em função de insegurança de a Petrobras não ter acompanhado ao longo do ano a paridade”.

O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) Adriano Pires destacou que o recuo dos preços da Petrobras era esperado. “O preço do petróleo vem caindo com demanda global menor com crescimento mais fraco de países”, afirmou.

(com Reuters)