Publicidade
O Conselho de Administração da Petrobras (PETR3;PETR4) publicou na manhã desta segunda-feira, 27, o edital de convocação da Assembleia Geral Ordinária (AGO) de acionistas a ser realizada no dia 27 de abril. Na reunião, serão eleitos oito novos membros do colegiado, que tem 11 assentos. A data já era conhecida, mas ainda não estava formalizado em edital.
A AGO terá início às 13 horas e vai acontecer de modo exclusivamente digital, por meio de plataforma oferecida pela Petrobras.
Além da renovação dos conselheiros, obrigatória em função da troca de um deles, o próprio presidente da empresa, Jean Paul Prates, que substituiu Caio Paes de Andrade no CA, há outros sete itens na pauta.
Continua depois da publicidade
Um deles diz respeito à remuneração da diretoria executiva, conselhos de administração e fiscal, além de comitês estatutários. Na última reunião do CA, em 22 de abril, foi aprovada uma proposta de aumento de 43,88% para os alto funcionários da empresa, parte dos quais não tinha reajuste há oito anos. A nova remuneração deverá ser votada pelos acionistas, universo no qual a União tem a maioria de votos. Será, portanto, decisão do governo Lula, atual representante da União na Petrobras.
Outros itens na pauta da AGO são a propostas para a destinação do resultado de 2022, assim como a tomada de contas dos administradores; e exame, discussão e votação do Relatório da Administração e das Demonstrações Financeiras da Companhia, acompanhadas do relatório dos auditores independentes e do Parecer do Conselho Fiscal, referentes ao ano passado.
Os acionistas ainda terão de aprovar os cinco membros para o Conselho Fiscal, dentre os quais um indicado pelos acionistas ordinaristas minoritários e um pelos titulares de ações preferenciais, ambos através do processo de eleição em separado, assim como suplentes.
Continua depois da publicidade
Apesar do universo de decisões a serem tomadas, o destaque vai para a renovação do conselho, com seis novos membros indicados pelo governo e dois pelos acionistas minoritários. Eleitos fora do voto múltiplo, seguem no CA os advogados Francisco Petros e Marcelo Mesquita, como indicados dos minoritários, e a representante dos funcionários, Rosângela Buzanelli.
A Petrobras ainda avalia documentação e currículo de onze nomes enviados pelo Ministério de Minas e Energia à empresa.
Em geral. A chapa da União tem oito indicados para seis vagas, mas, desta vez, o ministério enviou mais nomes para se precaver em caso de questionamentos a nomes que já ocupam cargos na administração federal e são vedados pela lei das estatais, reproduzida no Estatuto da Petrobras.
Continua depois da publicidade
Dirigentes políticos também são questionados por serem vedados pelo texto da lei, mas devem poder integrar o colegiado após recente decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que os libera do impedimento.
O governo indicou pelo menos três nomes nessas duas situações e dois foram reprovados em análise interna da companhia e pelo Comitê de Pessoas do atual Conselho. São eles o atual secretário de Petróleo e Gás do MME, Pietro Mendes, e o dirigente do PSB, Sérgio Rezende.