Petrobras (PETR4) envia sonda à Foz do Amazonas na busca por licença de perfuração, diz fonte à Reuters

A petroleira estatal trabalha em busca de abrir a bacia como uma nova fronteira exploratória de petróleo, em região próxima à Guiana

Reuters

(Divulgação Petrobras)
(Divulgação Petrobras)

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RIO DE JANEIRO (Reuters) – Uma sonda a serviço da Petrobras (PETR3;PETR4) deixará a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, neste fim de semana rumo à Foz do Rio Amazonas, na costa do Amapá, para a realização de grande simulado de emergência, o último pré-requisito a ser cumprido na busca da petroleira por uma licença de perfuração na região, disse à Reuters uma fonte da empresa.

A petroleira estatal trabalha em busca de abrir a bacia como uma nova fronteira exploratória de petróleo, em região próxima à Guiana, onde a Exxon Mobil fez descobertas importantes.

O movimento da Petrobras ocorre depois de a TotalEnergies ter desistido de ativos na região pela dificuldade de obter licenças diante de negativas do Ibama e forte oposição de grupos ambientais, como o GreenPeace. A estatal acabou assumindo fatia da companhia francesa em blocos na Foz do Amazonas.

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A sonda de perfuração, chamada ODN II, da Ocyan, deverá chegar à locação entre 15 e 17 de novembro, disse a fonte na condição de anonimato. O simulado, que reproduzirá uma situação acidental prevista no plano de emergência da sonda, está previsto para ocorrer entre 5 e 15 de dezembro.

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Com cerca de 450 pessoas envolvidas, a atividade irá simular sob a supervisão do Ibama um acidente com vazamento de petróleo e testar a efetividade dos recursos no controle da contingência e da contenção do derramamento.

Segundo a fonte, a expectativa na Petrobras é que órgão ambiental federal dê o retorno sobre a licença em uma ou duas semanas após o simulado, que contará ainda com cinco embarcações PSV, três helicópteros, além de base aérea em Oiapoque (AP) e base terrestre em Belém (PA).

A Petrobras havia informado anteriormente que o poço que aguarda a licença está na fronteira com a Guiana Francesa, a 160 km da costa do extremo norte do Amapá. A perfuração ocorreria a 40 km da divisa com a Guiana, a uma profundidade de 2.500 metros de lâmina d’água.

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Uma das principais preocupações do Ibama é garantir que a Petrobras esteja preparada em um eventual derramamento de petróleo na Foz do Amazonas, região rica em ecossistemas e com pouquíssimo conhecimento geológico.

No passado, a Petrobras chegou a realizar dezenas de poços na Foz do Rio Amazonas, sem descobertas comerciais. Mas descobertas mais recentes em outros países vizinhos com geologia semelhante reativaram o interesse na região, só que em locações mais profundas.

A Petrobras não comentou o assunto imediatamente.