Petrobras salta 3,4% com petróleo; Suzano e Klabin caem com recomendação e Eletrobras sobe 2%

Confira os destaques do mercado na sessão desta quinta-feira 

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A sessão desta quinta-feira (4) foi de alta para o Ibovespa, que buscava uma recuperação das perdas da véspera após a tensa sessão da CCJ da Câmara com o ministro da Economia, Paulo Guedes. 

Entre os maiores destaques, Suzano e Klabin registraram baixa após terem a sua recomendação revisada para baixo pelo Credit Suisse, enquanto Vale e Petrobras tiveram alta acompanhando o desempenho das commodities, em especial a estatal, que saltou 3% com o petróleo.

Confira os destaques da sessão desta quinta-feira (4):

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Petrobras (PETR3;PETR4)

As ações da Petrobras arrancaram durante a tarde junto com o petróleo, com o barril tipo Brent chegando a US$ 70 pela primeira vez em quase cinco meses, conforme as expectativas de aperto da oferta global ofuscaram a pressão crescente da produção norte-americana e indicadores de demanda global menos robustos.

Enquanto isso, no noticiário, o jornal Valor Econômico destaca a alteração proposta pela Petrobras para que seja transferida para o conselho de administração da companhia e não mais à assembleia de acionistas decisões sobre a venda de subsidiárias integrais.

Segundo a publicação, o objetivo é reduzir custos e desburocratizar os processos de desinvestimentos. A alteração no estatuto deverá ser votada em assembleia dia 25 de abril.

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Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3)

A Klabin e a Suzano tiveram as recomendações rebaixadas a ’neutra’ pelo Credit Suisse, com preços-alvos respectivos de R$ 18 e R$ 53. 

Eletrobras (ELET3;ELET6)

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., voltou a defender a capitalização da estatal. Ele ainda afirmou que há argumentos suficientes para convencer o Congresso Nacional de que o processo vai ser benéfico tanto para consumidores como para a empresa.

Sabesp (SBSP3)

Em comunicado resposta a pedido de esclarecimento da CVM, a Sabesp informou que, a “até o presente momento, não há qualquer definição ou mesmo intenção baseada em fatos concretos a respeito da forma ou estrutura para a operação pretendida ou cronograma para sua implementação”. 

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O governo do Estado de São Paulo, controlador da companhia, está avaliando a capitalização da empresa no contexto de uma reestruturação societária, conforme divulgado anteriormente, disse a estatal paulista. 

A decisão sobre possível venda do controle acionário, “bem como o eventual desenvolvimento da capitalização, ou de alternativas, compete ao acionista controlador”, que deverá informar previamente à empresa. 

A Sabesp informou ainda que uma definição sobre os termos da eventual operação pode ser impactada por Medida Provisória que altera o marco legal do saneamento básico no país, que está em discussão
no Congresso Nacional. Na noite da última terça-feira, em entrevista para a Bloomberg, o secretário da Fazenda de São Paulo Henrique Meirelles afirmou que privatizar a Sabesp é o ’plano A’ e que isso pode ocorrer ainda em 2019. 

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Aéreas

Em recuperação judicial, a gestora norte-americana Elliot, credora de mais de US$ 500 milhões, tomou as rédeas da Avianca, convencendo os executivos da companhia a fechar um novo modelo de venda do ativo, com a entrada da Latam e da Gol (GOLL4) na disputa, que se juntam a Azul na tentativa de compra da companhia aérea.

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A intenção é ampliar a concorrência, ao estabelecer a criação de sete unidades produtivas isoladas, que irão a leilão por um preço mínimo de US$ 70 milhões.

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Embraer (EMBR3)

A Embraer e a sueca Saab estão em conversas com potenciais clientes para a venda do caça Gripen brasileiro, projeto de aeronave desenvolvido pelas duas companhias. Segundo o Estado de S. Paulo, até 2021, a Força Aérea Brasileira receberá o primeiro dos 28 caças já encomendados e a partir de 2024 começam a ser entregues os caças produzidos no Brasil.

BRF (BRFS3)

A BRF suspendeu os abates de frangos da unidade de Carambeí, no Paraná, por até cinco meses, a partir de 27 de maio. A decisão é pontual e leva em consideração a necessidade de ajustes nos estoques, informou o Estado de S. Paulo.

Cosan (CSAN3)

A ARSESP publicou nota técnica com os números preliminares da revisão tarifária da Comgas. “Vemos o anúncio como um marco para a Cosan e reiteramos a recomendação de Compra, com preço alvo atualizado de R$ 62 por ação”, destaca a XP Research. 

Linx (LINX3)

Especializada em tecnologia para o varejo, a brasileira Linx está avaliando fazer uma emissão de ações (operação conhecida como “follow on”) na bolsa de valores Nasdaq, referência internacional de tecnologia, apurou o Estadão com fontes de mercado.

A companhia pretende levantar entre US$ 250 milhões a US$ 300 milhões para continuar o movimento de expansão. Os bancos Goldman Sachs e Morgan Stanley têm o mandato para conduzir o processo. A estratégia do grupo, segundo fontes, é atrair investidores estrangeiros que não investem em mercados emergentes. A empresa brasileira de meios de pagamento Stone fez o mesmo movimento nessa quarta-feira, 3.

A Linx, que abriu o capital na Bolsa brasileira em 2013, tem crescido nos últimos anos por meio de aquisições – de 2008 para cá foram 29 operações. Em um ano, as ações da companhia subiram mais de 70% – o valor de mercado da empresa é hoje de R$ 5,7 bilhões.

Procuradas, a Linx e os bancos Goldman Sachs e Morgan Stanley não comentaram.

Multiplan (MULT3)

A Multiplan assinou um acordo de investimentos em que passará a deter 18,7% da empresa Delivery Center Holding, por meio da outorga de centrais de entregas nos 18 shoppings administrados pela companhia, junto com um aporte de R$ 12 milhões.

Light (LIGT3)

O conselho de administração da Light aprovou a emissão de debêntures no valor de até R$ 750 milhões.

Neoenergia

A Neoenergia informa que a companhia estuda potencial OPA, mas ainda não há decisão. 

Nessa semana, o presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Rubem Novaes, afirmou que já está acertado o primeiro desinvestimento de sua gestão que será a Neoenergia por meio de uma oferta de ações no primeiro semestre.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.