Petrobras surpreende com anúncio, ida de CEO da Cielo para o Bradesco e mais 11 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos desta sexta-feira (14)

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta sexta-feira é movimentado, com destaque para a coletiva surpresa da Petrobras, com o anúncio da redução de preços de combustíveis nas refinarias, além do interesse da Lojas Americanas pelo processo de participação acionária na BR Distribuidora. A saída do CEO Rômulo Dias da Cielo e a sua ida para a direção executiva do Bradesco também é destaque.  Confira abaixo o que agita o noticiário corporativo nesta sexta-feira (14): 

Petrobras 
A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou na noite da véspera a realização de uma entrevista coletiva à imprensa na próxima sexta-feira (14) a partir das 8h30 (horário de Brasília) desta sexta, com integrantes da diretoria da companhia. A estatal não informou, no entanto, o motivo da coletiva, que foi revelado em comunicado ao mercado às 9h (horário de Brasília).

A companhia anunciou a aprovação de uma nova política de preços e, em sua primeira reunião, decidiu reduzir o preço do diesel em 2,7% (média Brasil) e da gasolina em 3,2% (média Brasil) na refinaria. Esses preços entrarão em vigor a partir da zero hora de sábado, dia 15 de outubro. Confira mais clicando aqui. 

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 Lojas Americanas
A rede varejista Lojas Americanas (LAME4) manifestou interesse em participar do processo de aquisição de participação societária na BR Distribuidora, unidade de combustíveis da Petrobras, segundo fato relevante divulgado pela empresa na quinta-feira. A companhia disse que recebeu prospecto para participar do processo competitivo de aquisição, mas que inexiste, “no momento, definição quanto à futura apresentação de proposta para aquisição de participação na BR Distribuidora”.

Na visão do gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management, que falou em entrevista à Reuters, a notícia até faz sentido, do ponto de vista de uma parceira na qual a Lojas Americanas entraria como responsável na administração das lojas de conveniência dos postos. “O que não faria sentido é a Lojas Americanas entrar sozinha nessa, mesmo tendo a Petrobras como parceira na operação dos postos, porque o cheque é muito grande”, afirmou ele, ainda que entre os sócios da rede varejista estejam os bilionários do fundo de private equity 3G Capital, que controla indiretamente a brasileira Ambev.

A Petrobras não estimou um valor para a BR Distribuidora, mas toda a subsidiária de combustíveis da estatal chegou a ser avaliada no passado por cerca de US$ 10 bilhões por analistas do UBS Securities. Anteriormente, a Petrobras anunciou que o processo competitivo tem por objetivo o compartilhamento do controle da BR Distribuidora, de modo que a petroleira mantenha 49% do capital votante e a maioria do capital social da subsidiária de combustíveis.

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Cielo
A Cielo (CIEL3) informou a renúncia do diretor presidente da companhia, Rômulo de Mello Dias, aceita pelo Conselho de Administração. A carta de renúncia foi entregue na última quinta-feira. Na mesma data, o Conselho aprovou a eleição de Eduardo Campozana Gouveia como novo Diretor-Presidente da Cielo, atual Diretor-Presidente da Alelo Brasil, cujo mandato inicia-se a partir de 2 de janeiro de 2017.

“Em seu currículo, o Sr. Eduardo Campozana Gouveia acumula posições executivas de destaque em companhias renomadas, como Walmart Brasil, Cielo, Multiplus e Alelo Brasil.Os conselheiros manifestaram os votos de agradecimento pelo empenho, dedicação e significativa contribuição do Sr. Rômulo de Mello Dias, que conduzirá o processo de transição até a posse efetiva do Sr. Eduardo Campozana Gouveia”, informou a Cielo.

Rômulo Dias será diretor-executivo do Bradesco (BBDC4) e, de acordo com comunicado do banco,  será responsável pela área de cartões, reportando-se ao vice-presidente Marcelo Noronha. A indicação de Rômulo de Mello Dias foi aprovada pelo conselho. Dias “também irá permanecer como um dos membros indicados pelo Bradesco no Conselho de Administração da Cielo”. 

Embraer
A fabricante de aviões Embraer (EMBR3) despachou a clientes 54 jatos comerciais e executivos no terceiro trimestre ante 51 aeronaves entregues no mesmo período do ano passado, informou a companhia nesta sexta-feira.

A empresa afirmou que a carteira de pedidos firmes a entregar encerrou o trimestre passado em US$ 21,4 bilhões ante posição de US$ 22,8 bilhões no final de setembro de 2015.

Usiminas
A Grecco Logística anunciou que concluiu a aquisição da atividade de transporte da Rios Unidos, que era da Usiminas (USIM5), e passa agora a se chamar GTI-Log. O negócio foi fechado em abril de 2015, por R$ 18 bilhões. A Usiminas destacou que vendeu apenas o ativo de transportes da Rios Unidos, seguindo com os negócios de armazenagem no portfólio da Rios Unidos, que continua como subsidiária da Usiminas. 

Marcopolo
De acordo com informações do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o Brasil vendeu 500 ônibus VW/Marcopolo (POMO4) ao Irã. 
O Irã pagará pelos veículos em derivados de petróleo para a Petrobras, afirmou o colunista.

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Oi
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) calculou que a dívida contraída pela Oi (OIBR4) com o órgão é de R$ 20,2 bilhões. O valor refere-se a multas aplicadas pela agência reguladora. O número é superior aos R$ 10,6 bilhões apresentados pela companhia no plano de recuperação judicial. 

Kroton
A empresa de educação Kroton (KROT3) informou que a captação total de novos estudantes registrada pelas unidades de ensino da companhia, no terceiro trimestre, apresentou aumento de 1,5% em relação ao mesmo período de 2015, somando 65,6 mil alunos. Levando em conta as captações por meio do programa de financiamento (Fies), o resultado cresceu 8% no período, para seis mil novos alunos. 

Santander destacou em relatório que vê os dados como neutros, “já que a base de alunos resultante está ligeiramente acima das nossas estimativas”. “Considerando o ambiente atual do setor, no entanto, acreditamos que a empresa está mais uma vez demonstrando sólida execução”, afirmam os analistas do banco. 

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Comgás
A Comgás (CGAS5) informou que submeteu pedido de análise prévia à Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) para a emissão de R$ 500 milhões em debêntures. A operação é prevista para ser feita em série única de 500 mil debêntures simples, com valor unitário de R$ 1 mil. A oferta ainda precisa ser aprovada pelo conselho de administração da companhia. 

BM&FBovespa e Cetip
A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) declarou complexo o ato de concentração que trata da fusão da BM&FBovespa (BVMF3) e da central depositária de ativos privados Cetip (CTIP3) e solicitou mais informações, segundo informaram as empresas. 

No entanto, a Superintendência-Geral do órgão antitruste entendeu que, no momento, não é necessária a ampliação do prazo de análise do caso, mantendo os 240 dias previstos para sua conclusão, de acordo com os fatos relevantes divulgados pelas empresas. A requisição de análise do ato de concentração decorrente da combinação entre BM&FBovespa e Cetip foi protocolada no Cade em 28 de junho de 2016.

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A Superintendência-Geral do Cade determinou a solicitação ao Departamento de Estudos Econômicos do Cade de análise das eficiências decorrentes da operação apresentadas por BM&FBovespa; pediu informações adicionais acerca das condições de entrada nos mercados analisados e das regras de governança da companhia resultante. As empresas disseram que vão continuar colaborando com o Cade para obter o aval para a fusão “no menor prazo possível”.

Rossi
A Rossi (RSID3) comunicou ao mercado que a gestora Vinci Equities vendeu ações da companhia, passando a atingir 1,709 milhão de papéis. Com a operação, a gestora reduziu sua participação de 10,18% do total das ações ordinárias de emissão da empresa para 9,96%. A gestora declarou que, com a redução, não objetiva alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia. 

Localiza
Em relatório, o BTG Pactual destacou que os resultados trimestrais da Localiza (RENT3) devem surpreender novamente os investidores, com o Ebitda devendo crescer na casa dos 5% impulsionado principalmente pelo segmento de aluguel de carros. Os analistas seguem com recomendação neutra para os ativos dado o valuation esticado, rolando o preço-alvo para 2017, que passou de R$ 34,00 para R$ 47,00. 

Tecnisa
A Tecnisa (TCSA3) informou que o Conselho de Administração da companhia homologou o aumento de capital no valor de R$ 200 milhões.