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SÃO PAULO – A semana marca a reta final da temporada de balanços, enquanto notícias sobre a Petrobras nos últimos dias antes da decisão sobre a cessão onerosa agitam o mercado. Confira no que ficar de olho:
Petrobras (PETR3)
Segundo coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, a Petrobras entrou com uma ação contra oito grandes bancos sob investigação por supostamente formar um cartel para manipular o mercado de câmbio. A ação tem como alvo bancos, entre eles Bradesco, Itaú BBA, Santander, BTG Pactual e Citibank, que estão sendo investigados pelo Cade.
A Petrobras argumenta que “participa ativamente” do mercado de câmbio e destaca o escopo de sua atividade em 2017, segundo a coluna. Questionados pela Bloomberg, a Petrobras e o BTG Pactual não quiseram fazer comentários. Os demais bancos citados na coluna não responderam imediatamente a e-mails e telefonemas pedindo comentário.
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Nesta semana, vale ficar de olho ainda em um possível acordo entre a União e a estatal sobre a cessão onerosa. O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, disse na sexta-feira (11) que pode ser necessária uma alteração legal para viabilizar o acordo sobre cessão onerosa do pré-sal com a Petrobras. Ele disse que está trabalhando “muito forte” para chegar um consenso sobre a questão até o dia 17 (quinta-feira). A estatal e o Tesouro precisam chegar a um acordo para que o governo possa fazer novos leilões na camada do pré-sal.
Em 2010, quando foi firmado o contrato original, a União cedeu à Petrobras o direito de explorar 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural, por meio do sistema de exploração cessão onerosa. Em troca, a empresa pagou ao Tesouro Nacional R$ 74,8 bilhões.
O governo e a Petrobras discutem agora a revisão desse valor, já previsto no contrato, considerando, por exemplo, variações do dólar e do preço do barril do petróleo. A questão está em discussão, sob sigilo, com a Petrobras. A conclusão da negociação determinará se a estatal petrolífera terá que pagar ao Tesouro ou receber recursos.
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“Não há visibilidade sobre qual será o resultado das negociações, que podem ser estendidas por mais 60 dias se necessário. A questão mais importante é que, nos moldes do contrato, se o governo tiver que pagar algo a Petrobras, o pagamento só pode ser feito em dinheiro, enquanto se a Petrobras dever ao governo, o pagamento pode ser feito em dinheiro ou barris de petróleo. Para a Petrobras, a notícia positiva seria receber do governo. No entanto, dado o aperto fiscal atual, parece improvável que o governo vá ressarcir a empresa em dinheiro, ainda que na forma de Precatórios. Para receber em barris, seria necessário alteração de marcos legais, e já há discussões preliminares em andamento a respeito”, destaca a equipe de análise da XP Investimentos.
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Bradespar (BRAP4)
A Bradespar registrou prejuízo de R$ 283,5 milhões no primeiro trimestre de 2018, enquanto a receita operacional foi de R$ 324,8 milhões.
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Alpargatas (ALPA4)
A Alpargatas registrou no primeiro trimestre de 2018 lucro líquido consolidado de R$ 112,8 milhões, o que significa queda de 37,2% sobre o mesmo período do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu R$ 169,1 milhões entre janeiro e março, uma queda de 31,8% ante os R$ 247,9 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, 11, a receita líquida da Alpargatas subiu 11,7% no primeiro trimestre do ano, para R$ 902,1 milhões ante R$ 807,5 milhões no mesmo período de 2017.
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Segundo o relatório que acompanha os resultados, o destaque foi o bom desempenho no Brasil, cuja receita líquida avançou 22,9% em decorrência dos crescimentos das receitas de todos os seus negócios, especialmente o de Sandálias.
O volume de vendas de Havaianas e Dupé superou em 33,1% o do primeiro trimestre do ano passado, ou 6,8%, se somados os 8,8 milhões de pares à quantidade vendida no primeiro trimestre de 2017, que foi antecipada para o quarto trimestre de 2016.
Como o negócio Sandálias ganhou participação na receita e apresentou incremento de rentabilidade, a margem bruta do Brasil foi 4,5 pontos porcentuais maior que a do primeiro trimestre de 2017. Já o Ebitda recorrente no Brasil aumentou 175,0% (desconsiderando os efeitos não recorrentes, como a exclusão do ICMS da base de cálculo da Cofins no primeiro trimestre do ano passado.
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Cesp (CESP6)
A Cesp teve prejuízo líquido de R$ 3,7 milhões no primeiro trimestre, ante lucro de R$ 72,5 milhões no mesmo período de 2017, impactada pelo aumento nas provisões para riscos legais.
A companhia, controlada pelo governo do Estado de São Paulo e em meio a um processo de privatização, teve Ebitda de R$ 111,57 milhões, recuo de 33% na comparação anual.
A Cesp disse que teve aumento de 165,8% da provisão para riscos legais, “resultado tanto da atualização monetária e juros do saldo desta provisão, como das movimentações/reclassificações de ações para risco provável”, segundo o balanço da companhia. Os custos com as provisões foram de R$ 199,2 milhões no trimestre, ante R$ 74,9 milhões um ano antes.
Notre Dame (GNDI3)
A Notre Dame Intermédica viu seu lucro líquido subir 43% na comparação anual, passando de R$ 96,3 milhões no primeiro trimestre de 2017 para R$ 137,6 milhões nos três primeiros meses de 2018.
Já a receita líquida foi de R$ 1,44 bilhão, alta de 18% na base anual, enquanto o Ebitda ajustado ficou em R$ 213 milhões, alta de 24%. A margem Ebitda, por sua vez, teve ganho de 0,7 ponto percentual, a 14,8%. A dívida líquida caiu 3,2% em relação ao final de 2017, a R$ 450 milhões, enquanto a sinistralidade caixa subiu 0,25 ponto percentual na base anual, a 71,9%.
M.Dias Branco (MDIA3)
A M.Dias Branco apresentou um lucro líquido de R$ 139,7 milhões no primeiro trimestre de 2018, queda de 26,2% na comparação com os R$ 189,4 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
O Ebitda caiu 21,3%, a R$ 183,5 milhões, enquanto a receita líquida teve leve alta de 0,9%, a R$ 1,217 bilhão, fazendo com que a margem Ebitda caísse 4,2 pontos percentuais, a 15,1%.
Banrisul (BRSR6)
O Banrisul apresentou lucro líquido recorrente de R$ 244 milhões, uma alta de 33,1% na base de comparação anual.
O banco estatal gaúcho ainda destacou ver a carteira de crédito no ano em alta entre 5% e 9%, enquanto os empréstimos no trimestre totalizaram R$ 31,78 bilhões. O retorno médio sobre o patrimônio no primeiro trimestre foi de 14,4%, alta de 2,6 pontos percentuais.
Triunfo (TPIS3)
Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da Triunfo Participações e Investimentos (TPI), Carlo Alberto Bottarelli, afirmou que a empresa pretende devolver ao governo a concessão da Concebra, corredor rodoviário de 1.176 quilômetros que engloba a BR-060/153/242, no eixo rodoviário Brasília-Goiânia-Betim. Ele ainda disse acreditar na venda de Viracopos.
Eletropaulo (ELPL3)
A Eletropaulo informou que seu conselho de administração vai se manifestar até 30 de maio sobre as ofertas públicas voluntárias para aquisição de até a totalidade das ações da companhia apresentadas pela italiana Enel e pela Neoenergia, da espanhola Ibedrola, além de eventuais ofertas concorrentes, disse a empresa.
Um leilão público em que as ofertas serão colocadas para os acionistas, e no qual eventualmente poderá haver novos lances das empresas pela distribuidora foi agendado para 4 de junho pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Energias do Brasil (ENBR3)
A Chinesa CTG lançou uma OPA pela Utility Portuguesa EDP na sexta-feira, o que levou a uma alta de 15% da subsidiaria ENBR3.
Contudo, ressalta a XP Investimentos, uma condição da oferta é que a CTG não esteja obrigada a realizar uma OPA pela ENBR3. Isso é possível, dado que (1) formação de bloco indireto de controle não está contemplada na Lei das S.A. no Brasil e (2) não viola diretamente o acordo de acionistas da ENBR3.
“Dada a alta da ação na sexta-feira (próxima da máxima histórica) e várias notícias deixando bem claro que não necessariamente ocorra uma OPA por ENBR3, acreditamos que hoje possa haver uma realização do papel no mercado”, afirma a XP.
Anima (ANIM3)
A Anima aprovou programa de recompra de 2,4 milhões de ações em doze meses.
(Com Agência Brasil, Agência Estado e Bloomberg)