PIB do agronegócio inicia 2016 com alta de 0,47%

Resultado foi puxado pela agricultura, com destaque para todos os segmentos da cadeia produtiva, enquanto pecuária teve queda

Rodolfo Mondoni

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SÃO PAULO – O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio começou 2016 em alta, com crescimento de 0,47% em janeiro, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O resultado foi puxado pela cadeia produtiva da agricultura, que teve elevação de 0,7% no período, enquanto a pecuária registrou queda de 0,03%. Entre os segmentos analisados, todos tiveram variação positiva, com destaque para o setor primário, que subiu 0,69%, seguido por insumos (0,38%), indústria (0,38%) e serviços (0,37%).

No segmento primário (dentro da porteira), a agricultura teve expansão de 1,22%, por conta da alta das cotações e do crescimento da produção, que elevaram o faturamento de várias culturas. Os itens que tiveram as maiores altas em receita foram: algodão (24,78%), banana (13,55%), cacau (27,33%), café (10,60%), cebola (5,91%), feijão (7,21%), laranja (15,24%), mandioca (4,11%), milho (34,25%), soja (24,63%), tomate (72,63%) e trigo (16,71). Para a pecuária, o comportamento foi estável, em 0,04%. A leve alta é justificada pela subida nos preços do frango, ovos e leite.

O PIB da agroindústria cresceu 0,38% em janeiro, levado pelo segmento agrícola, que subiu 0,47%, uma vez que o pecuário teve retração de 0,22%. O resultado decorre da alta de preços da agroindústria de processamento vegetal, que atingiu elevação nos preços de 9,7% em relação a janeiro de 2015, compensando a queda de produção. Destaque para os setores de celulose e papel, etanol, café, açúcar e óleos vegetais. Na pecuária, o único que teve variação positiva foi o de laticínios, com leve alta de 0,05%. As indústrias de calçados e abate de animais tiveram decréscimo de 0,88% e 0,27%, respectivamente.

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Do lado dos insumos, que tiveram o mesmo desempenho das indústrias (alta de 0,38%), o desempenho foi impulsionado pela disparada do dólar, que impactou os produtos mais dependentes de importações, como os fertilizantes. O segmento de serviços do agronegócio, que compreende a comercialização e a distribuição dos produtos agropecuários e industriais, apresentou alta de 0,37% no faturamento, por conta mais uma vez da agricultura (0,58%), considerando que o pecuário recuou 0,08%.

(Com informações da CNA)