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SÃO PAULO – No final da semana passada, o PT alardeou um comunicado do Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), que aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de garantir todos os direitos políticos dele, incluindo a manutenção de sua candidatura à Presidência e a participação em debates. Porém, aponta William Waack em seu comentário, a interpretação que o partido fez sobre a nota é “evidentemente errada”.
“Não foi a ONU que fez o comunicado, somente um comitê, e essa recomendação não significa que este tenha encontrado uma violação por parte do Brasil dos direitos políticos e civis de um personagem como o Lula”, aponta o jornalista.
Contudo, há uma outra questão no radar, além da interpretação errônea que o PT faz. Ela é: afinal, como parte da audiência internacional se convence de que o Brasil seria “vítima de uma sórdida aliança de grupos conservadores mancomunados com o Judiciário para impedir que um líder popular que fez algo pelos pobres participe da eleição”? A resposta é de que parte dessa audiência (não há como generalizar), acaba por adotar uma visão simplista sobre o Brasil.
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De qualquer forma, além dessa narrativa, do outro lado há quem xingue as Nações Unidas, o que, na visão de Waack, “é absolutamente ridículo”. ” Para um País como os EUA, maior economia do planeta, maior força militar, que imprime a moeda de referência, é uma super potência, faz sentido brigar com a ONU e ele tem condições de impor suas vontades”.
Porém, a nossa situação é contrária a essa. Somos grande só no tamanho e muito pequenos nas nossas. Para nós, que somos fracos, a ONU é um bom negócio.
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