Preço baixo ainda é fator que leva consumidores a comprar produtos piratas

Pesquisa da Fecomércio-RJ mostra que 13% dos consumidores não teriam resistência em comprar produto falsificado

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – O preço é fator decisivo na hora de o consumidor optar por um produto pirata no lugar de um original. Pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro), em parceria com a Ipsos, mostra que o valor é decisivo para 94% daqueles que consomem esse tipo de produto.

Esse percentual, mostra a pesquisa, é praticamente o mesmo verificado em 2006, quando 93% citaram o preço como fator determinante para a escolha. A pesquisa ainda mostra que neste ano cresceu o número de consumidores que comprariam qualquer produto falsificado.

Enquanto em 2006 todos os entrevistados citaram ao menos um produto dessa categoria que não comprariam, neste ano 13% disseram que não teriam resistência em comprar produtos falsificados.

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A pesquisa foi realizada em 70 cidades do País, incluindo as nove regiões metropolitanas, e ouviu 1 mil pessoas.

Conscientização
Ao mesmo tempo em que cresce a parcela da população que não tem restrição aos produtos piratas, cai o nível de conscientização dos consumidores em relação aos danos causados por esse tipo de produto.

Para se ter uma ideia, neste ano, 56% dos brasileiros acreditam que os produtos piratas provocam desemprego. O número é 8 pontos percentuais menor frente ao de 2006, quando 64% dos brasileiros tinham essa percepção.

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A associação entre a pirataria e o crime organizado é feito por 60% dos entrevistados. Em 2006, 70% acreditavam nessa relação.

A maior redução ocorreu na percepção de que a venda de mercadorias piratas prejudica o faturamento do comércio formal. Enquanto em 2006, 79% acreditavam nisso, neste ano, 68% dos entrevistados têm nessa percepção – uma redução de 11 pontos percentuais.

A pesquisa mostra ainda que 75% dos brasileiros acreditam que a pirataria alimenta a sonegação de impostos, ao passo que, em 2006, 83% tinham essa percepção. Já 79% acreditam que esse tipo de produto prejudica artistas e fabricantes. Em 2006, 83% tinham essa percepção.

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A única alta verificada no período foi com relação à percepção de que o uso de produtos piratas não trazia consequência negativa. Neste ano, 37% acreditam nisso, ao passo que em 2006, 30% tinham essa percepção.

Classes C, D e E na mira
Diante da queda de conscientização dos consumidores em relação aos danos causados pelos produtos piratas, a Fecomércio lançou, nesta terça-feira (30), o Movimento Brasil sem Pirataria. A ideia é aumentar os níveis de conscientização da população, principalmente das classes de baixa renda (C, D e E), que juntas já têm poder de compra superior aos das classes A e B.

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