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SÃO PAULO – Mais uma vez, a gasolina e o etanol foram os itens que mais pressionaram a inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice desacelerou em abril, mas as elevações dos preços dos combustíveis impediram um recuo mais intenso da inflação.
Em abril, somente o etanol ficou 11,20% mais caro. Acompanhando o aumento do derivado de cana-de-açúcar, a gasolina também está mais cara para o consumidor, por registrar alta de 6,26% somente neste mês. No acumulado do ano, o índice mostra forte aumento de 9,58% no preço do litro do derivado de petróleo e de 31,09% no valor do etanol. Em 12 meses, o valor do etanol disparou 42,88% e o da gasolina, 11,68%.
Os aumentos frequentes dos preços do etanol em época de entressafra estão fazendo o Governo repensar a política de combustíveis no País. Uma delas já foi adotada. A mudança de status do produto, que agora está sob a responsabilidade da ANP (Agência Nacional de Petróleo), pode fazer o mercado ficar mais regulado e impedir o desabastecimento.
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A alta dos combustíveis pressionaram o aumento dos preços do grupo Transportes, que registrou avanço de 1,57% em abril.
De maneira geral, os combustíveis ficaram 6,53% mais caros. No acumulado do ano, a alta do item que pressionou Transportes foi de 11,07% e, em 12 meses, de 13,72%.
Cidades
No mês passado, considerando as localidades analisadas pelo IBGE, os destaques ficaram com Distrito Federal, Porto Alegre e Rio de Janeiro, que registraram altas de 17,22%, 15,80% e 13,69% nos preços do etanol, nesta ordem. Em Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte ocorreram as maiores altas da gasolina, de 8,63%, 7,14% e 7,08%.
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No ano, Goiânia, Curitiba e Distrito Federal registraram os maiores aumentos do derivado de cana-de-açúcar, de 43,69%, 37,15% e 32,90%, na ordem. Os maiores incrementos nos preços da gasolina ocorreram em Belo Horizonte (14,61%), Goiânia (12,92%) e São Paulo (10,87%).
Nos últimos 12 meses, a alta do preço do etanol chegou a ser de 73,28% em Goiânia e de 53,95% em Curitiba. Em Goiânia também ocorreu a maior elevação da gasolina, de 27,60%.
Inflação dos combustíveis em abril, no ano e nos últimos 12 meses | |||||||||
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Capital | Abril/2010 | Acumulado do ano | 12 meses | ||||||
Comb. | Gasolina | Etanol | Comb. | Gasolina | Etanol | Comb. | Gasolina | Etanol | |
Rio de Janeiro | 6,55% | 5,98% | 13,69% | 10,85% | 8,99% | 30,95% | 11,98% | 9,85% | 30,48% |
Porto Alegre | 9% | 8,63% | 15,80% | 11,62% | 10,53% | 34,41% | 11,80% | 10,31% | 45,63% |
Belo Horizonte | 6,49% | 7,08% | 11,18% | 13,75% | 14,61% | 28,49% | 14,06% |
15,16% |
32,41% |
Recife | 6,11% | 5,21% | 12,02% | 5,10% | 3,58% | 15,62% | 4,99% | 3,27% | 17,08% |
São Paulo | 7,26% | 7,14% | 9,57% | 12,77% | 10,87% | 30,83% | 15,06% | 11,85% | 47,97% |
Distrito Federal | 4,13% | 3,32% | 17,22% | 6,28% | 4,58% | 32,90% | 10,06% | 8,27% | 40,88% |
Belém | 3,34% | 3,08% | 6,38% | 3,54% | 2,75% | 13,52% | 4,63% | 4,13% | 10,73% |
Fortaleza | 2,50% | 2,53% | 8,27% | 5,74% | 5,82% | 20,45% | 12,04% | 13,01% | 19,09% |
Salvador | 5,06% | 4,87% | 12,04% | 4,67% | 4,25% | 21,44% | 5,77% | 5,25% | 27,61% |
Curitiba | 6,21% | 5,69% | 11,46% | 11,20% | 8,87% | 37,15% | 15,16% | 11,97% | 53,95% |
Goiânia | 5,97% | 5,61% | 11,47% | 14,69% | 12,92% | 43,69% | 29,83% | 27,60% | 73,28% |
Nacional | 6,53% | 6,26% | 11,20% | 11,07% |
9,58% |
31,09% | 13,72% | 11,68% | 42,88% |
Fonte: IBGE |
GNV
Com os aumentos nos valores do etanol e da gasolina, o GNV tornou-se alternativa, por registrar alta de apenas 1,35% neste mês e de 0,25% no ano, e até queda em 12 meses, de 0,89%.
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Em abril, o gás veicular registrou variações no Rio de Janeiro (1,53%), Belo Horizonte (-0,39%), São Paulo (3,43%) e Fortaleza (0,97%). No ano, as variações foram: Rio de Janeiro (4,03%), Belo Horizonte (1,09%), São Paulo (-6,08%) e Fortaleza (1,13%).
Em 12 meses, houve alta de 10,88% no Rio de Janeiro e de 3,64% em Fortaleza. Já em Belo Horizonte e São Paulo ocorreu queda, de 13,67% e 2,59%.