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Os números divulgados pela PRIO (PRIO3) do terceiro trimestre de 2022 (3T22) reforçaram o cenário positivo para a petroleira, que se torna cada vez mais uma alternativa de investimentos no setor após o risco estatal para a Petrobras (PETR3;PETR4) aumentar com a vitória de Lula para a presidência, apontam analistas. Os ativos PRIO3 subiram 4,92%, a R$ 37,13, nesta terça-feira (1), sessão após a revelação dos dados entre julho e setembro.
Entre os destaques do trimestre, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi recorde em US$ 295 milhões, enquanto houve maior margem devido à revitalização do Campo de Frade e redução de seu lifiting cost, ou o chamado custo de extração do petróleo, (o primeiro de um dígito) de US$ 9,50 o barril, 14% menor frente o segundo trimestre. Com a redução do lifting cost, o Ebitda e a margem do trimestre crescerem significativamente mesmo com o preço do Brent 13% inferior ao 2T22.
Frade foi o destaque do período, com produção de 28 mil barris por dia (bpd), um crescimento de 90% sobre o 2T22 devido à revitalização do campo com a produção de mais dois poços. No consolidado, a companhia atingiu produção de 45,8 mil bpd, alta trimestral de 37%. As vendas de óleo também apresentaram um forte crescimento de 15% sobre o 2T22, atingindo 3,8 milhões de barris.
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“Embora os resultados tenham saído conforme o esperado, este trimestre apresentou outro conjunto de bons resultados. Vemos a PRIO como a melhor empresa júnior de petróleo e gás para continuar crescendo nos próximos anos com altos retornos”, ressalta a XP, que mantém recomendação de compra para a ação, com preço-alvo para 2023 de R$ 41,60, 18% acima do fechamento da última sexta-feira.
O Credit Suisse reforçou a PRIO como top pick do setor após os resultados apontando que, embora a Petrobras deva se beneficiar mais dos ventos a favor dos preços do petróleo no curto prazo, existem diversas incertezas relacionadas aos cases das estatais, aponta.
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“Assim, acreditamos que o PRIO se tornou uma alternativa melhor para os investidores ganharem exposição aos preços do petróleo, bem como o potencial de valorização específico da empresa”, avalia. O preço-alvo para a ação é de R$ 42, representando um upside de 19% em relação ao fechamento de segunda.
Os analistas do banco suíço também citam os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), com a produção média de petróleo de Albacora Leste atingindo 40,4 mil barris por dia em setembro, um grande salto versus à media de cerca de 26 mil barris por dia até agosto. Nas estimativas do time, avaliam Albacora Leste em R$ 12 por ação para a PRIO, dos quais incorporam apenas R$ 6 atualmente em seu preço-alvo, enquanto aguardam a campanha de redesenvolvimento do campo.
O Bradesco BBI, por sua vez, elevou o preço-alvo para 2023 de R$ 41 para R$ 51 (upside de 44%) por ação, após a inclusão da produção atualizada de Albacora Leste, créditos fiscais da Dommo (adquirida recentemente pela companhia) e antecipação da 2ª fase de perfuração no campo de Frade. Atualmente, vê a ação negociada a um prêmio de 19% sobre seu grupo de pares latino-americano. No entanto, acredita que isso é garantido devido ao potencial de crescimento da PRIO e seu sólido histórico.
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Na véspera, o BBI havia destacado, assim como o Credit, que as ações da empresa (assim como as da 3R Petroleum RRRP3) poderiam se beneficiar da captura de fluxos de Petrobras com fluxos de caixa dolarizados após a eleição. A recomendação da casa é outperform (desempenho acima da média do mercado, ou equivalente à compra) para os ativos.
A Eleven também tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 40 (upside de 14%), uma vez que projeta que a companhia siga com forte crescimento para os próximos períodos com a incorporação de Albacora Leste nos próximos meses, a segunda fase de revitalização de Frade esperada para o 2T23 e a produção em Wahoo, aguardada para o segundo semestre de 2024.