PRIO (PRIO3) afirma ser prioridade adquirir ativos e descarta criar política de dividendos

Mesmo com recorde de produção, receita e forte geração de caixa, CEO diz que os esforços estão concentrados em fusão e aquisição

Augusto Diniz

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Com foco na aquisição de ativos, o CEO da PRIO (PRIO3), Roberto Monteiro, foi enfático durante a teleconferência de resultado do 3º trimestre, realizada nesta quarta (1), em relação às prioridades da companhia. “A gente não vai fazer nenhuma política de dividendos.”

O executivo ressaltou que quase todo o seu tempo tem sido gasto em buscar M&A (fusão e aquisição). “Não estou dizendo que tem algum processo a caminho, mas esse tem sido grande parte de nossos esforços: originação de M&A dentro dos parâmetros de retorno e localização”, comentou.

Segundo ele, há ainda alguns meses pela frente para amadurecer esse trabalho. Roberto Monteiro disse também que tem conversado com empresas para possível aquisição de ativos. “Mas essas coisas não acontecem do dia para noite”, pontuou.

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“Até que tenhamos uma visibilidade clara dos esforços que estamos fazendo, dos frutos, dos esforços de originação de M&A, não faz sentido (dividendos)”, ressaltou. “Originação de aquisição não é cartesiana. Cada empresa recebe de uma forma (o interesse)”, citou.

De julho a setembro, a empresa destacou ainda o preço médio do brent, de US$ 86/barril, que possibilitou a PRIO a atingir receita recorde, de acordo com Milton Rangel, CFO da companhia.

“Trimestre após trimestre a empresa vem apresentando ritmo de desalavancagem e balanço bastante leve para eventual investimento. Temos espaço para novas captações”, disse a analistas.

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O executivo explicou que a redução do endividamento do 2º trimestre para o 3º trimestre é fruto “da forte geração de caixa, apesar do aumento de capex”.

Com sobra de caixa, o CEO insistiu que “não faz sentido” agora distribuição de dividendos. “A gente precisa de flexibilidade para comprar ativo. Então, está fora de pauta”, disse.

Ações da PRIO3 sobem após balanço

Após a divulgação do resultados do 3º trimestre, quando lucrou US$ 348 milhões, representando uma alta de 126%, as ações da petroleiras júnior terminaram com alta de 0,77%, cotadas a R$ 48,07.

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Além disso, a PRIO obteve recordes de produção média diária e receita líquida no 3T23. No último trimestre, a posição de caixa ficou em US$ 444 milhões, mas Monteiro destacou que hoje ela já está em US$ 500 milhões.

Já o grau de alavancagem (dívida líquida/Ebitda) é de 0,9 vez – e caiu em relação aos dois primeiros trimestres do ano, que ficaram estacionados em 1,1 vez.

“Estamos com o nível de alavancagem em queda… Superconfortável. Chegar em 0,7 vez (a alavancagem) é tranquilo. Se a gente não fizer nada, a gente vai zerar a nossa dívida líquida/Ebitda no final do ano que vem”, comentou a analistas.

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Campo de Wahoo é prioridade

Monteiro atribuiu o bom resultado do 3T23 à produção, a eficiência operacional do Campo Albacora Leste associado a campanhas “bem-sucedidas” dos campos de Frade e Polvo, e o lifting cost (custo de extração) de US$ 7 o barril, melhor marca na história da companhia.

A empresa informou ainda que já perfurou dois poços no prospecto Maracanã, no Campo de Frade, para definir estratégia de exploração da área.

No entanto, Francilmar Fernandes, CFO da PRIO, comentou que a prioridade é colocar em operação o Campo de Wahoo, com expectativa de extrair o primeiro óleo no 2T24.

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