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SÃO PAULO – Com alta de 1,3% no mês de fevereiro, a Produção Industrial brasileira surpreendeu os economistas da Rosenberg Consultores e do Itaú. Contudo, eles lembram que o cenário ainda é negativo para as manufaturas nacionais, e que a variação anual ainda deve ser negativa no primeiro trimestre, sobretudo por conta do mau desempenho no primeiro mês do ano.
“A indústria permanece com um desempenho crítico, apesar da recuperação de alguns fatores pontuais”, afirma a equipe de análise da Rosenberg. Eles lembram, porém, que a demanda está desacelerando menos do que a oferta, o que faz com que a absorção doméstica continue crescendo.
Estado ainda é de fraqueza
“Este resultado não altera o quadro de fraqueza após três trimestres consecutivos de queda”, afirma Aurélio Bicalho, economista do Itaú. Ele destaca que o País deverá apresentar crescimento de 0,5% no PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, diminuindo as chances de um resultado abaixo do que se esperava.
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“Dada a conjuntura, o governo deve continuar a adotar medidas de incentivos protecionistas e cambiais”, afirmou a Rosenberg. Para ela, essas medidas são apenas paliativos de curto prazo e não deverão mudar o quadro. Uma solução para o País seria a redução da burocracia e do excesso de tributações, o que seria um grande incentivo para que o setor industrial ganhasse força. Por fim, a consultoria destaca que as recentes medidas tomadas pelo governo devem ajudar a incentivar a indústria, sobretudo no segundo semestre de 2012.