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O protocolo Defrost Finance, que oferece negociação alavancada no ambiente de finanças descentralizadas (DeFi), afirmou na tarde desta segunda-feira (26) que o hacker que teria invadido a plataforma no domingo (25) devolveu os recursos que haviam sido desviados.
Segundo a Defrost, usuários que tiveram criptos roubadas serão ressarcidos. “Em breve, começaremos a escanear os dados na rede para descobrir quem possuía o que antes do hack, a fim de devolvê-los aos legítimos proprietários. Como diferentes usuários tinham proporções variáveis de ativos e dívidas, esse processo pode demorar um pouco”, afirmou uma mensagem publicada no site oficial.
No dia de Natal, a equipe da Defrost Finance disse que um primeiro ataque usou um empréstimo rápido (flash loan) para drenar fundos de um de seus produtos. Um segundo ataque, de maiores proporções, teria usado a chave privada do proprietário do protocolo para explorar outro produto da empresa.
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A empresa de segurança blockchain Peckshield, citando “inteligência da comunidade”, disse na ocasião que a exploração pode ter sido um golpe perpetrado pelos criadores do protocolo, que roda na rede Avalanche (AVAX). A empresa não detalhou a quantia desviada. Segundo a Peckshield, o suposto hacker levou US$ 12 milhões.
Na manhã desta segunda, a Certik, outra empresa de segurança, disse que não conseguiu entrar em contato com os membros da equipe e publicou uma imagem de seus sistemas indicando que estaria tratando o caso Defrost como um golpe.
A hipótese é que os criadores do projeto tenham tentado aplicar um golpe de puxada de tapete (rug pull), que ocorre quando os desenvolvedores atraem capital para um pool de liquidez e, usando uma brecha de segurança deixada de maneira proposital, desviam os recursos e desaparecem com as criptos dos usuários.
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Normalmente, a equipe por trás do esquema fica em silêncio e não pode ser contatada. A Defrost Finance, porém, comunicou o ataque e disse via Twitter que está disposta a negociar com os responsáveis pela devolução dos recursos.