Qualicorp (QUAL3) cai 5,4% após Goldman Sachs recomendar venda da ação e cortar preço-alvo pela metade

Para analistas do banco, ímpeto de lucros de curto prazo da empresa é fraco com persistência de fracas adições líquidas orgânicas

Equipe InfoMoney

Qualicorp Store Reprodução
Qualicorp Store Reprodução

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As ações da Qualicorp (QUAL3) ficaram entre os destaques de queda do Ibovespa após o Goldman Sachs cortar a recomendação dos ativos de neutro para venda. O preço-alvo foi revisado, com um corte em 50%, passando de R$ 12 para R$ 6, uma alta de apenas 1,3% em relação ao fechamento da última segunda-feira (16). Com isso, os ativos QUAL3 caíram 5,41%, a R$ 5,60, na sessão desta terça-feira (17).

Apesar do cenário sólido do negócio (ou seja, altas margens, retornos e conversão de fluxo de caixa livre), os analistas do Goldman acreditam que o ímpeto de lucros de curto prazo da empresa é fraco, com persistência de fracas adições líquidas orgânicas

Segundo os analistas, isso se deve principalmente a i) um cenário macro mais desafiador e uma inflação persistente impactando as adições brutas, ii) provavelmente uma competição ainda alta com os planos de pequenas e médias empresas, iii) pressão sobre o capital de giro decorrente de condições comerciais desafiadoras à medida que os custos médicos continuam em alta e o iv) o modesto crescimento do tíquete médio.

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“Acreditamos que o valuation parece pouco atrativo devido às perspectivas limitadas de crescimento e ao difícil momento de ganhos. Por fim, estamos reduzindo nossa perspectiva para o lucro líquido em 2023 em 19% e para 2024 em 13%, o que fica cerca de 40% e 19% abaixo do consenso da Bloomberg, respectivamente, indicando novas revisões negativas do mercado”, avaliam os analistas.

O momentum de lucros de curto prazo deve enfrentar ventos contrários, com os resultados dos primeiros nove meses de 2022 foram fracos e essa tendência deve persistir até a segunda metade de 2023.

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“Quando iniciamos a cobertura do QUAL3 em junho de 2022, com uma recomendação neutra, observamos que nossas expectativas de que o ímpeto dos ganhos de curto prazo poderia ser comprimido. (…) Também fomos surpreendidos negativamente por uma desaceleração nas adições brutas, uma dinâmica de capital de giro mais fraca, pressão nas comissões ainda altas para corretores terceirizados. De fato, ao olhar para o consenso da Bloomberg, vemos revisões descendentes contínuas nas receitas e nos lucros”, avaliam os analistas.

À medida que chegam os resultados do 4T22 e 2023, o Goldman acredita que a maior parte das pressões de origem presentes nos primeiros nove meses de 2022 continuarão afetando os resultados da empresa, gerando ganhos fracos.

Para o Goldman, mais um ano de reajuste de preço de dois dígitos pode impulsionar o churn (taxa de cancelamento) e adições líquidas orgânicas insignificantes. Segundo os analistas do banco, a rentabilidade dos operadores deve continuar pressionada.