Qualicorp (QUAL3) lucra R$ 16,7 mi no primeiro trimestre, baixa anual de 77,5%

Resultado foi impactado pelo menor Ebitda, do aumento nas despesas com depreciação e amortização e piora no resultado financeiro líquido.

Felipe Moreira

Qualicorp Store Reprodução
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A Qualicorp (QUAL3) reportou lucro líquido de R$ 16,7 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), montante 77,5% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a companhia nesta quarta-feira (10).

A empresa explica que o resultado foi impactado pelo “menor Ebitda, do aumento nas despesas com depreciação e amortização e piora no resultado financeiro líquido”.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 210,3 milhões no 1T23, uma redução de 16,8% em relação ao 1T22.

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A margem Ebitda ajustada atingiu 46% entre janeiro e março deste ano, queda de 4,4 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 1T22.

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A receita líquida somou R$ 457,3 milhões no primeiro trimestre deste ano, uma diminuição de 8,9% na comparação com igual etapa de 2022.

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O retorno sobre capital investido (ROIC) foi de 16,4% no 1T23, uma piora de 10 p.p. na comparação anual.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 66,9 milhões no primeiro trimestre de 2023, uma elevação de 65,3% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

A Quali finalizou o 1T23 com um portfólio total de 2,3 milhões de vidas, uma redução de 3,5% em relação ao trimestre anterior.

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A carteira de adesão decresceu 5,8% na base trimestral, enquanto os outros segmentos (Empresarial, PME e Gama) apresentaram expansão de 0,4% trimestre a trimestre.

A Qualicorp ainda informa que apresentou, em sua principal carteira de Adesão Médico-Hospitalar, um recuo de 4,3%
na base trimestral no 1T23, com variação líquida negativa de 43,6 mil vidas. “Tal variação foi resultado de uma desaceleração sequencial de adições brutas para 63,6 mil vidas no trimestre (-18,7% trimestre a trimestre), ainda impactada pela suspensão de vendas de planos para entidades de estudante e por nossa estratégia de racionalização dos incentivos ao canal corretor (comissões) iniciada no final do ano passado”, aponta.

Por sua vez, destaca, os cancelamentos apresentaram uma redução de 21,1% na base trimestral e de 18,2% na anual, atingindo 107,3 mil vidas canceladas. Com isso, o churn rate foi de 10,3% no 1T23, que representa uma melhora de 200 pontos-base em relação ao trimestre anterior e de 40 pontos-base versus o 1T22.

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“Ressaltamos que o reajuste aplicado aos contratos com renovação durante o primeiro trimestre, se manteve em patamar elevado de 23%, e atingiu perto de 20% dos beneficiários de nossa carteira. No restante de nossa carteira de Adesão, composta de planos massificados (principalmente odontológicos), tivemos uma redução líquida de 43,5 mil vidas no 1T23 (-8,8% na base trimestral e 14,3% na base anual)”, apontam.

Os investimentos (CapEx) do 1T23 foram de R$ 13,9 milhões (-11,8% na base anual), e os desembolsos com aquisições e acordos comerciais foram de R$ 2,5 milhões no período.

Em 31 de março de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 1,418 bilhão, um recuo de 1,5% na comparação com a mesma etapa de 2022.

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O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,59 vez em março 2023, alta de 0,18 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.

O fluxo de caixa livre atingiu R$140,4 milhões no 1T23, um aumento de 20% em relação à forte geração do 4T22 e 7 vezes maior que no 1T22.