Publicidade
SÃO PAULO – Em relatório do HSBC divulgado no dia 27 de junho, o analista Luciano Campos verifica que o banco passou a considerar que a probabilidade de a presidente Dilma Rousseff anunciar racionamento de energia elétrica é zero.
Campos justifica esta probabilidade com dados vindos de 2001, na presidência de Fernando Henrique Cardoso. A experiência do racionamento custou ao presidente uma queda de 16% em sua popularidade em poucos meses, sendo este um grande indicativo do que a atual presidente da República fará em sua candidatura à reeleição.
Além disso, o relatório aponta que a probabilidade permanecerá baixa até o final da próxima estação de chuvas, em abril de 2015 – independentemente do vencedor; após esta data, a probabilidade tende a crescer.
Continua depois da publicidade
A expectativa do banco é que o racionamento – sumido um pouco do radar do mercado – deverá ser um dado importante para a Bolsa só em setembro, já que, historicamente, a maior queda do nível dos reservatórios ocorre entre julho e outubro – o que poderá deixar os reservatórios operando abaixo dos 20% de sua capacidade, o nível mais baixo em 15 anos.
De acordo com o que aponta Luciano Campos, o racionamento será um dos principais dados acompanhados pelo mercado em setembro – um mês antes das eleições -, logo, isto poderá impactar, e muito, a corrida eleitoral em pleno fervor das campanhas para presidente.
O relatório lembra que o nível atual dos reservatórios das regiões sudeste/centro-oeste está em 36,6% e indica que as pesquisas revelaram que os eleitores não estão preocupados com o perigo de racionamento e sugerem que a reação virá somente após o anúncio.
Continua depois da publicidade
É importante mencionar que nesta quinta-feira (10) foi anunciado que o volume útil do conjunto de reservas do Sistema Cantareira deverá terminar até o final desta semana e passará a operar apenas com a “reserva técnica”, também conhecido como “volume morto”.
O Estado de São Paulo enfrenta a pior crise hídrica em 80 anos, diante de um início de ano com temperaturas acima da média e chuvas fracas que não serviram para recuperar represas para temporada de estiagem do inverno, cujo pico ocorre entre julho e setembro.
Também devemos lembrar que no dia 4 de junho, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, declarou que o risco de racionamento de junho havia diminuído em comparação com o mês anterior, graças às chuvas e ao uso das termoelétricas.
XP
Invista até R$ 80 mil no novo CDB 150% do CDI da XP; condição inédita.
Abra a sua conta gratuita na XP para aproveitar