Radar: acompanhe algumas das principais oscilações da bolsa nesta quarta-feira

Ações de BrT e Telemar Norte Leste recuam após acionistas negarem relação de troca; TAM estende alta, Cosan avança

Beatriz Nantes

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SÃO PAULO – A incerteza predomina nos mercados no inicio da tarde. Com bons indicadores nos EUA e na Europa, as bolsas operam predominantemente em alta nesta quarta-feira (16), mas os índices não conseguem sustentar avanço robusto e mostram forte volatilidade, sobretudo em Wall Street. Por aqui, o Ibovespa avança 0,22%.

Durante o mês de maio, a inflação anual ao consumidor na Zona do Euro foi de 1,6%, mostrando aceleração frente ao mês anterior, quando a variação foi de 1,5%, bem como frente à estagnação dos preços em maio de 2009. Também ganha destaque a redução do desemprego no Reino Unido. Segundo o escritório nacional de estatísticas do país, houve queda no número de desempregados para 2,47 milhões no trimestre encerrado em abril, frente aos de 2,51 milhões do mesmo período encerrado em março.

O dia também começou com a notícia de que a Comissão Europeia pediu mais detalhes sobre o plano de austeridade proposto por Portugal e Espanha que visam o orçamento de 2011. O pedido é um meio de avaliar se as medidas serão suficientes. O mercado especula que o esforço pedido à Portugal de corte de gastos é maior que o da Espanha.

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Nos EUA, o índice de preços ao produtor recuou durante o mês de maio, com queda de 0,3% durante o período, enquanto expectativas de mercado previam queda de 0,5%. Já pelo setor imobiliário, o Housing Starts, que mede o número de casas em início de construção nos EUA, registrou 593 mil casas – inferior ao esperado no resultado anualizado de maio (655 mil imóveis). Por fim, a produção industrial do país em maio subiu 1,2%, superior às projeções de alta de 0,8% do mercado.

Por aqui, destaque para o IGP-10 (Índice Geral de Preços) no período de trinta dias até 10 de junho, que ficou positivo em 1,30%, maior do que a medição de maio. Já o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) de 15 de junho marcou deflação de 0,04%, taxa 0,25 ponto percentual abaixo da apurada na medição anterior, e a menor variação já vista desde a quarta semana de setembro de 2008.

Telemar Norte Leste
O grande destaque da sessão fica com a notícia divulgada há pouco de que os acionistas minoritários da Brasil Telecom (BRTO3; BRTO4) não aprovaram a nova proposta de troca de ações entre Brasil Telecom e Telemar, no âmbito da reorganização societária da empresa.

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“Tendo em vista a rejeição das novas relações de substituição, as Companhias informam que a simplificação societária, conforme proposta e divulgada em Fato Relevante datado de 25 de abril de 2008, está suspensa por prazo indeterminado”, informou comunicado divulgado há pouco pela Telemar Norte Leste (TMAR3; TMAR5).

As ações das empresas recuam na sessão. Os ativos ON da Brasil Telecom despencam 9,19% e as ações PN caem 4,32%. Já os papéis da Telemar Norte Leste recuam 2,68% e 3,88%, na mesma ordem.

Gerdau
O Deutsche Bank elevou a recomendação da Gerdau (GGBR4) para compra. Com projeções de que os ganhos da siderúrgica serão maiores do que o esperado e um “outlook estratégico positivo”, o banco elevou os papéis da companhia de “manutenção” para “compra”, além de acrescentar US$ 1,00 ao preço-alvo de 12 meses para as ADRs (American Depositary Receipt), que passou a ser de US$ 19,00. As ações da siderúrgica sobem 0,90%.

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Tivit
Manchete na véspera devido o anúncio de sua saída do mercado de ações, a Tivit (TVIT3) agendou para o próximo dia 1º uma assembleia geral extraordinária para aprovar o fechamento de seu capital social. Os papéis da companhia caem 0,11%.

Cosan
As ações da Cosan (CSAN3) avançam 2,86%, entre as maiores altas do benchmark. A alta repercute em partes os rumores de que a empresa pode completar uma joint-venture de US$ 12 bilhões com a Royal Dutch Shell.

Vale
Por sua vez, a Vale (VALE3, VALE5) anunciou que as notas obrigatoriamente conversíveis em 15 de junho de 2010, de sua subsidiaria integral Vale Capital, series RIO e RIO P, foram permutadas em (ADSs American Depositary Shares), representando ações ordinárias e ações preferenciais de classe A, respectivamente. As ações ON da empresa recuam 0,41%, enquanto os ativos PN sobem 0,02%.

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Marfrig
O Marfrig (MRFG3) estima sinergias de US$ 100 milhões até 2012, com a aquisição da Keystone Foods, anunciada na última sessão. De acordo com Ricardo Florence, diretor de Relações com Investidores, não serão adicionados ao valor de aquisição quaisquer custos com dívida. A empresa ressaltou também a baixa necessidade de capital de giro da empresa, ressaltando que seus gestores serão mantidos.

Os papéis da empresa recuam 0,79%. Repercute a notícia de que o Citi reduziu a recomendação e o preço-alvo para as ações do empresa, com os analistas considerando que a aquisição é positiva para a brasileira em termos de preço (US$ 1,26 bilhão) e da expansão dos negócios no segmento de food service, mas ponderando que ela deve aumentar o risco de execução da empresa.

TAM segue em alta
Embaladas pelas estatísticas de tráfego da Anac (Agência Nacional de Transporte Aéreo) referentes ao mês de maio, as ações da TAM (TAMM4) seguem sua trajetória ascendente vista na véspera, quando os papéis foram destaque de alta do índice, e avançam 1,30% no início da tarde.

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Oferta de ações
A GRV Solutions desistiu de fazer sua entrada no mercado acionário brasileiro neste momento, saindo dos pedidos de ofertas em análise da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

A GRV havia entrado com pedido de IPO (Initial Public Offering) em fevereiro e visava a distribuição primária e secundária de papéis ordinários. O montante captado seria usado para expansão orgânica da empresa e sua intenção era participar do Novo Mercado da BM&F Bovespa.