Radar: comece o pregão sabendo as novidades do cenário corporativo

Senado discutirá criação da Petrosal em audiência pública; fusão entre Sadia e Perdigão é questionada por empresa alemã

Giulia Santos Camillo

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SÃO PAULO – A semana começa favorável ao mercado brasileiro, com o movimento de alta na renda variável global trazendo referências positivas para o início do pregão. A agenda econômica pouco relevante nos Estados Unidos deixa o foco com o cenário corporativo e a continuidade da temporada de resultados internacionais.

Ao mesmo tempo, o investidor deve ficar atento às divulgações domésticas. Nesta manhã, o Banco Central do Brasil publicou a atualização do relatório Focus, mostrando nova melhora nas expectativas do mercado com relação à economia do País. O documento mostra projeções de crescimento de 0,12% no PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, acima do previsto anteriormente (+0,10%).

Cabe lembrar que esta segunda-feira é marcada também pelo vencimento de opções sobre ações na BM&F Bovespa, o que pode aumentar a volatilidade dos papéis negociados na bolsa paulista.

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Pré-Sal

Na cena corporativa doméstica, a atenção volta ao setor de petróleo e gás. A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado promoverá uma audiência pública nesta sessão para discutir a Petrosal – nova companhia estatal que o governo pretende criar para representá-lo na administração do pré-sal.

Fusões & Aquisições

Os investidores também devem ficar atentos ao primeiro movimento contra a fusão de Sadia e Perdigão (PRGA3). A alemã Dr. Oetker registrou junto ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) um pedido de oposição à operação, que foi anunciada há cinco meses.

Temporada de resultados

Ainda em seu início, a temporada de divulgação dos balanços trimestrais também chama a atenção no mercado doméstico. A TIG Holding, nova denominação da Tarpon Investmentos (TARP11), reportou um resultado líquido positivo de R$ 73,7 milhões no terceiro trimestre de 2009, com NAV (Valor Líquido dos Ativos) de R$ 568,3.

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Ratings

Na última sexta-feira, a agência de classificação de risco Moody’s confirmou os ratings de emissor em escala global e escala nacional das subsidiárias da Cemig (CMIG4). Simultaneamente, a instituição rebaixou a nota de emissor da controladora do grupo, colocando todos os ratings em perspectiva negativa.

Ademais, a Moody’s atribuiu o rating “Ba1” em moeda estrangeira à emissão de US$ 1 bilhão em notas seniores feita pela Fibria – empresa resultante da fusão entre a Aracruz (ARCZ6) e a VCP (VCPA3). A perspectiva para a avaliação feita é negativa.

Ofertas de ações

Após uma pausa nos pedidos de análise de oferta de ações, a Energias do Brasil (ENBR3) protocolou a solicitação na Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento) para realizar uma oferta secundária de papéis ordinários. A empresa já havia revelado a intenção de se desfazer dos papéis mantidos em tesouraria através de uma operação do tipo. De acordo com o prospecto preliminar da oferta, o coordenador líder será o Bradesco BBI.

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Por outro lado, a Gol (GOLL4) comunicou o encerramento de sua oferta pública primária e secundária de ações ordinárias e preferenciais, tendo captado um total de R$ 1,026 bilhão. Enquanto os papéis ordinários foram integralmente subscritos pelo acionista controlador da empresa, a captação resultada da oferta de papéis preferenciais teve uma participação de 70% de estrangeiros.

Por sua vez, o Minerva (BEEF3) captou cerca de R$ 4,823 milhões através do leilão de sobra das ações emitidas no dia 31 de agosto, quando a companhia divulgou seu plano de subscrição. O preço de emissão adotado foi de R$ 5,30 por papel.

Transporte

A Triunfo Participações (TPIS3) informou que sua controlada, a Portonave, voltará a operar com as condições normais de calado do rio Itajaí-Açú, verificadas antes de novembro do ano passado, quando ocorreu o assoreamento do rio.