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A Randon (RAPT4) teve um lucro líquido de R$ 147,6 milhões no terceiro trimestre de 2022, queda de 48,8% na comparação com os R$ 288,5 milhões do mesmo período do ano passado.
A queda no resultado final se dá mesmo com a companhia tendo registrado uma alta de 22,9% na receita líquida na mesma base, para R$ 3,05 bilhões – em parte por conta da piora do resultado financeiro.
A empresa gastou mais com juros, por conta dos aumentos consecutivos da alta Selic, e também com correções monetárias, devido às suas operações situadas na Argentina. Com isso, o prejuízo financeiro saiu de R$ 28,4 milhões no terceiro trimestre de 2021 para R$ 91,9 milhões no deste ano.
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Além disso, houve certa pressão também do aumento do custo dos produtos vendidos (CPV), que saiu de R$ 1,8 bilhão para R$ 2,3 bilhões. Proporcionalmente, esses gastos saíram de 74,3% do faturamento total para 75,7%.
“Verificamos um aumento da participação da matéria-prima sobre o total, devido principalmente à inflação registrada na cadeia de fornecimento, mas também pela automação implementada ao longo do período”, justifica a Randon no documento publicado na noite desta quinta-feira (10).
As despesas gerais, comerciais e administrativas também cresceram, saindo de R$ 299 milhões para R$ 385 milhões.
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“Não houve efeito de não recorrentes no terceiro trimestre de 2022, ao passo que no terceiro trimestre de 2021 tivemos impacto positivo de R$ 7,6 milhões, relativos a receitas oriundas de processos tributários e que impactam a análise comparativa”, explicam.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 5,8% no ano, para R$ 419,2 milhões, mas houve uma queda de 2,2 pontos percentuais na margem Ebida, que ficou em 13,7%.
A Randon fechou setembro com um endividamento líquido de R$ 2,5 bilhões no consolidado, praticamente estável na base anual.
