Randon volta a assumir 1ª colocação entre as small caps nas carteiras para novembro

Após perder a liderança em outubro para EzTec, empresa do setor de autopeças volta ao topo refletindo cenário positivo do setor

Nara Faria

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SÃO PAULO –  As ações da Randon (RAPT4) voltaram a figurar como as favoritas entre as small caps nas carteiras para o mês de novembro, depois de terem perdido o posto no mês anterior para os ativos da empresa do setor de construção civil EzTec (EZTC3). 

Tendo como base os papéis que compõem o SMLL (Índice de Small Caps da BM&F Bovespa), as ações do Randon somaram sete votos nas carteiras recomendadas para novembro, ante os cinco votos recebidos nas carteiras do mês passado. Já a EzTec teve quatro votos no mês de novembro – três votos a menos se comparados a outubro, quando os ativos da companhia apareceram em sete carteiras. 

Com isso, em novembro a companhia dividiu a segunda colocação com os papéis da Marcopolo (POMO4), que receberam quatro votos, a mesma quantidade registrada no mês anterior. Já a terceira colocação foi dividida entre as ações da BR Properties (BRPR3), Iochpe-Maxion (MYPK3) e Localiza (RENT3), que receberam três recomendações cada.

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Ao todo, 27 carteiras de bancos e corretoras foram utilizadas para este levantamento. Os portfólios selecionados foram: Amaril Franklin, Ativa, BB Investimentos, Bradesco (2 carteiras), BTG Pactual, Citigroup, Geração Futuro, Geral, Gradual, HSBC, Itaú BBA (2), Novinvest, Omar Camargo (2 carteiras), PAX, Rico, SLW (3 carteiras), Socopa, Souza Barros,TOV, Um Investimentos e XP (2 carteiras). 

Entre todas as carteiras publicadas pela InfoMoney em novembro, nesta compilação apenas não foram considerados os portfólios com sugestões de ações que tenham perspectiva de pagamento de proventos.

Randon: perspectivas favoráveis para setor
Após quebrar a sequência de 10 meses consecutivos no topo das recomendações entre as small caps no mês de outubro, a Randon voltou a ganhar espaço nas carteiras para novembro, diante de expectativas positivas para o setor.

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A equipe de análise da Ativa Corretora explica que as perspectivas favoráveis, em especial no segmento de veículos pesados, estão atreladas à necessidade de expansão e modernização da frota de caminhões, por conta do transporte de carga necessário para obras em infraestrutura, investimentos em construção civil e para colheitas de safra agrícola.

Na opinião da equipe de análise da Gradual Investimentos, a divisão de autopeças também deve apresentar vendas crescentes para atender a programação de produção da indústria de veículos comerciais.

Aposta para próximos meses
A Randon divulgou o balanço do terceiro trimestre de 2011, com queda de 5,1% no lucro líquido – se comparado com o mesmo período de 2010 – para R$ 62,9 milhões. De acordo com a companhia, o trimestre foi marcado por vendas em ritmo acelerado e mudanças no mix de produtos, mas também pelo aumento de custos e ajustes de estoque, o que prejudicou o desempenho da empresa no período.

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Contudo, o diretor financeiro Geraldo Santa Catharina afirmou, após a divulgação dos resultados, que aposta na manutenção de suas margens de crescimento para os próximos períodos, em torno de 15% a 17%, não descartando novas aquisições. Para 2012, a companhia acredita em uma acomodação do mercado, especialmente no primeiro trimestre.

Reflexos de aquisições e contratos
Notícias a respeito de novos contratos anunciados pela Randon chamaram a atenção de analistas no mês de outubro e devem refletir no desempenho da empresa para os próximos meses, na opinião deles. No mês passado, a empresa anunciou a assinatura de um contrato para fornecimento de vagões à MRS Logística, que na opinião do analista da Concórdia, Leonardo Zanfelicio, compensará parcialmente a sazonalidade do negócio, uma vez que este período é fraco em vendas e nestes meses as entregas já estão programadas. 

Além disso, a Randon comunicou recentemente a celebração do contrato de compra e venda da totalidade das quotas representativas do capital social da Folle Indústria de Implementos Rodoviários, empresa localizada em Chapecó (SC), pelo valor de R$ 23,3 milhões.

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Analistas demonstraram opiniões divergentes em relação à aquisição. Com uma posição mais otimista, BB Investimentos e BTG Pactual acreditam que a compra será favorável para a companhia. Contudo, a Ativa aponta a notícia como neutra, sobretudo em função da pouca representativa desse player.

Outras recomendações 
Com duas recomendações, ainda foram citadas nas carteiras de outubro os ativos da Lojas Marisa (AMAR3),  Drogasil (DROG3), Fertilizantes Heringer (FHER3), M. Dias Branco (MDIA3), MMX (MMXM3), OdontoPrev (ODPV3), São Martinho (SMTO3) e Valid (VLID3).

Ainda foram citadas uma vez nas carteiras de novembro Alpargatas (ALPA4), Arezzo (ARZZ3), Copasa (CSMG3), Coelce (COCE5), Copasa (CSMG3), Even (EVEN3), Fleury (FLRY3), GOL (GLLL4), Grendene (GRND3), JHSF (JHSF3), Klabin (KLBN4), Kroton (KROT11), Le Lis Blanc (LLIS3), Lupatech (LUPA3), Magnesita (MAGG3), Mills (MILS3), Multiplus (MPLU3), OHL Brasil (OHLB3), Paranapanema (PMAM3), Droga Raia  (RAIA3), Saraiva (SLED4), Suzano (SUZB5), Tecnisa (TCSA3), Tegma (TGMA3) e Totvs (TOTS3).

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Ao todo, foram 39 small caps citadas pelos analistas neste mês. Cabe mencionar que, segundo a BM&F Bovespa, “as empresas que, em conjunto, representarem 85% do valor de mercado total da bolsa são elegíveis para participarem do índice MLCX (Mid Large Caps). As empresas que não estiverem incluídas nesse universo são elegíveis para participarem do índice SMLL. Não estão incluídas empresas emissoras de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) e empresas em recuperação judicial ou falência”.