Ranking global de F&A de mineradoras coloca o Brasil entre os destaques de 2009

Estudo da Ernst & Young destaca as operações de Vale e Usiminas; ritmo de fusões e aquisições deve aumentar em 2010

Thiago Salomão

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SÃO PAULO – “As grandes empresas brasileiras têm sido não apenas alvo de interesse, mas também têm mostrado grande apetite e potencial para aquisições visando a consolidação do mercado”. A frase de Luiz Claudio Campos, diretor da área de Project Finance da consultoria Ernst & Young Brasil, sintetiza bem a participação atual das companhias produtoras de metais básicos do País nas operações de F&A (Fusões e Aquisições), tanto na ponta compradora quanto na vendedora.

Segundo estudo elaborado pela instituição, ocorreram no planeta 1.047 fusões e aquisições envolvendo empresas do setor de mineração, operações que foram responsáveis por movimentar um volume financeiro de US$ 60 bilhões. Apesar do número de negociações ter mostrado crescimento em relação a 2008 (919 negócios concretizados), o dinheiro movimentado apontou retração diante dos US$ 126,9 bilhões acumulados nos doze meses anteriores.

Apesar da China ter respondido sozinha por US$ 16,1 bilhões transacionados ao longo de 2009 – o que representa 27% do capital total -, o Brasil conseguiu ocupar uma posição de destaque no ranking da Ernst & Young, ficando em quarto lugar entre os maiores mercados-alvo de compra e em sexto lugar na posição entre os maiores compradores.

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“A perspectiva é de manutenção da tendência para 2010, apesar das restrições ainda existentes no crédito”, prevê Campos, esperando ver um crescimento tanto no volume de transações quanto no número de negócios concretizados.

Vale e Usiminas em destaque
Dentre as empresas brasileiras, a consultoria destacou a Vale (VALE3, VALE5), empresa que teve duas negociações realizadas ao longo do ano. Uma delas foi a venda de 5% de suas ações para o banco britânico Barclays por US$ 3,5 bilhões, caracterizada como a maior transação de 2009. A mineradora também foi citada por ter ampliado sua participação na siderúrgica Thyssenkrupp, numa operação que movimentou US$ 1,4 bilhão.

A outra companhia do País que ganhou destaque nas linhas do relatório da Ernst & Young foi a Usiminas (USIM3, USIM5), por conta do aumento da participação acionária da Nippon Steel em seu capital. Por US$ 205 milhões, a empresa japonesa ampliou em 3,4% sua fatia na siderúrgica brasileira, passando a deter o controle de 26,7% de seus ativos.

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Thiago Salomão

Idealizador e apresentador do canal Stock Pickers