RD fez pivô de alta e tem espaço para subir até R$ 110, dizem analistas

Rali ainda não acabou, mas isso não significa que seja a hora de comprar o papel, que está mais interessante para quem já o tem em carteira

Ricardo Bomfim

Gráfico da ação da RD (Crédito: Reprodução)
Gráfico da ação da RD (Crédito: Reprodução)

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SÃO PAULO – A ação da RD (RADL3), antiga Raia Drogasil, subiu 6% na última sexta-feira (4), mas esse provavelmente não é o fim do rali do papel. Segundo analistas técnicos, as RADL3 devem buscar os R$ 110,00, que é a projeção gráfica da próxima resistência (ponto em que o preço atrai pressão vendedora).

O analista Gilberto Coelho, da XP Investimentos, explica que a ação fez um pivô de alta – movimento gráfico em que o preço do ativo supera a máxima do topo anterior após formar dois fundos ascendentes – e superou a resistência dos R$ 97,46 com um volume bem alto, de R$ 290,55 milhões, acima da média de negociação do papel, que é de R$ 100 milhões por dia. “Rompimento com volume é muito importante. Mostra otimismo dos investidores com o futuro da ação”, afirma.

As próximas resistências projetadas pelo gráfico, na avaliação dele, são R$ 110 e até R$ 130. Os stops (ordens automáticas de venda que o investidor deve fazer para mitigar prejuízos) ficam em R$ 93,37 e R$ 89,85.

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Na mesma linha, o analista Gustavo Almeida, da Rico Investimentos, alerta que a RD já vem acumulando alta de 80% desde a mínima do ano, de modo que o investidor deve tomar cuidado com as posições, pois o mercado já vem precificando a série de boas notícias que existem na gestão da companhia.

“O gráfico mostra um ótimo reforço para quem já está posicionado”, diz.

Gilberto Coelho tem a mesma conclusão, ressaltando que pessoalmente não recomenda compras após altas tão fortes. “Eu não gosto de comprar nesse movimento, mas está interessante para quem já está na ação.”

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Para ler o que analistas fundamentalistas pensam sobre o futuro da RD, clique aqui. 

Análise técnica

Chamada de análise gráfica por alguns, ela parte do pressuposto de que tudo o que pode ser medido acerca do desempenho futuro de uma ação já está precificado.

Desse modo, os movimentos diários do papel teriam um componente muito maior de percepção psicológica dos investidores sobre se está caro ou barato, subiu demais ou caiu demais, do que de fundamentos.

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As operações em análise técnica, então, são guiadas a partir de um estudo do gráfico do preço da ação, verificando quais patamares de preço geralmente atraem vendas (resistências) e quais outros atraem compras (suportes).

Outras ferramentas da análise técnica incluem o Índice de Força Relativa (IFR), que cruza dados de preço de fechamento com volume negociado de ações, projeção de Fibinacci e análise de médias móveis.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.