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SÃO PAULO – Os hedge funds continuaram apresentando uma performance negativa no final de maio. Segundo relatório do Bank of America Merrill Lynch, essa indústria de fundos recuou 3% no mês até o dia 26 de maio. No entanto, a analista do banco norte-americano, Mary Ann Bartels, destaca que o desempenho foi melhor do que o do S&P 500, índice de ações norte-americano e um dos principais benchmarks do mercado.
De suas sete estratégias, apenas duas registraram uma rentabilidade positiva no período: os “Equity Market Neutral” (que explora posições de long & short em ações de um mesmo setor, mercado ou país), que tiveram um avanço de 1,61% no período, e os CTA Advisors (Commodity Trading Advisors, que opera no mercado futuro de commodities), que ganharam 1,18%. “Fundos market neutral reduziram suas exposições para small caps”, disse Bartels em seu relatório.
Analisando a categoria “equity long & short” – que teve o pior desempenho no mês, com queda de 5,13% até o dia 26 -, a especialista do BofA destaca que esses fundos têm aumentado significativamente sua participação nos mercados emergentes, crescimento e inflação. “Esse posicionamento parece ter prejudicado a performance dos fundos L/S”, diz Mary Ann.
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Além disso, a especialista do BofA responsável pelo relatório também destacou a exposição desses fundos, que encontra-se atualmente com apenas 18% de sua posição comprada, patamar bem abaixo da média histórica (entre 35% e 40%).
Outras categorias
Já a categoria “Macro hedge funds” (que realizam operações em diversas classes de ativos, como renda fixa, renda variável, câmbio, etc) teve uma performance negativa em 0,81% no mesmo período. Durante o mês de maio, esses fundos aumentaram a posição vendida no mercado de commodities e nos Treasuries (títulos do governo norte-americano) com vencimento em 10 anos.
Passando para o mercado de metais preciosos, o relatório do Bank of America mostra que a indústria de hedge funds reduziu sua exposição no ouro, indo de US$ 28 bilhões para US$ 27,2 bilhões na passagem semanal. A exposição na prata seguiu a mesma tendência, indo de US$ 4 bilhões para US$ 3,1 bilhões. A perspectiva de Mary Ann para ambas as matérias-primas permanece positiva.
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Dentre as commodities energéticas, também foi vista uma diminuição na posição dos gestores, com a exposição para o petróleo bruto indo de US$ 4,7 bilhões para US$ 2,8 bilhões na comparação semanal. A analista do banco preferiu manter suas perspectivas neutras no relatório atual.
Já no mercado cambial, os investidores mantiveram suas posições vendidas em euro praticamente estáveis na passagem semanal, ficando em US$ 13,2 bilhões. “Recentemente o euro teve uma significativa deterioração por conta das preocupações fiscais sobre a Grécia e outros países da Zona do Euro”, diz a analista da instituição.