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SÃO PAULO – Nesta quinta-feira (12), o Banco Central do Brasil apresentou o segundo volume de seu Relatório de Gestão das Reservas Internacionais, mostrando as estratégias e resultados da política de investimentos do País e administração de suas reservas durante o ano de 2009.
No final do ano em questão, as reservas internacionais brasileiras totalizavam um volume de US$ 239,05 bilhões, número 15,6% maior do que o total obtido ao final de 2008. “Esse incremento segue a política de aumentar a capacidade do país para enfrentar crises como a ocorrida em 2008”, diz o BC em relatório, destacando a retomada do processo de compra de moedas internacionais em maio de 2009. O dado mais atual mostra que na quarta-feira (12) as reservas totalizavam US$ 259,693 bilhões.
Com isso, a economia brasileira chegou em 31 de dezembro do ano passado ocupando a 9ª colocação dentre os maiores detentores de reservas do mundo. Em ordem do 1º ao 8º, aparecem: China, Japão, Rússia, Arábia Saudita, Taiwan, Coreia do Sul, Índia e Hong Kong.
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Menos exposição ao dólar
Visando diminuir a exposição do Brasil ao risco cambial, o Banco Central realizou algumas mudanças na alocação de suas reservas entre 2008 e 2009. Dessa forma, tanto o dólar viu sua exposição diminuir de 89,1% para 81,9% na passagem anual. No mesmo sentido, o volume alocado em euro foi de 9,4% para 7%.
Segundo o BaCen, essa movimentação reflete a nova política de distribuição adotada pelo banco, visando obter um hedge cambial. “A partir de 2008, com a consolidação de maior volume de reservas do País, a distribuição por moedas passou a refletir basicamente as principais moedas do passivo externo total registrado, considerando-se a preferência de risco do BC”, disse.
Compensando essas diminuições, o volume alocado em outras moedas cresceu entre os dois anos. A libra esterlina possui agora uma exposição de 3,5%. Já o dólar australiano e o dólar canadense respondem por 2% e 1,9%, respectivamente, das alocações.
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Prazo médio e rentabilidade
Também objetivando uma menor exposição ao risco de mercado, o BaCen encurtou o prazo médio de seus investimentos em carteira, recuando para um valor próximo de 1,63 ano em 2009. Vale mencionar que esse prazo estava mostrando constante crescimento desde 2003 – em 2008, o prazo médio havia ficado bem próximo de 3 anos.
Tendo em vista uma busca maior por segurança, a rentabilidade das reservas durante o ano passado ficou positivo em 0,83%, resultado bem abaixo dos rendimentos de 9,33% e 9,35%, vistos em 2008 e 2007, respectivamente. A performance também ficou bem abaixo da rentabilidade média de 5,61%, calculada durante os anos de 2002 e 2009.