A operadora aérea Azul (AZUL4) divulgou nesta manhã de quinta-feira (10) seus resultados do terceiro trimestre de 2022 com prejuízo líquido ajustado de R$ 527,3 milhões, 31,2% abaixo do prejuízo ajustado do mesmo período de 2021.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 925,1 milhões no 3T22, um crescimento de 90,5% em relação ao 3T21, “mesmo com 138,2% de aumento no preço do combustível, 32,1% de depreciação do real e mais de 20% de inflação no Brasil nos últimos três anos”, ressalta a companhia.
O Ebitda veio acima do consenso Refinitiv, que era de R$ 890,8 milhões.
A margem Ebitda (Ebitda sobre receita) atingiu 21,1% entre julho e setembro, alta de 3,3 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 3T21.
Leia também:
Mais dados do balanço da Azul
A receita líquida somou R$ 4,376 bilhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 61% na comparação com igual etapa de 2021 e acima da expectativa do consenso Refinitiv, que era de R$ 4,28 bilhões.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 2,048 bilhões no terceiro trimestre de 2022, uma redução de 13,9% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2021.
O resultado operacional atingiu a cifra de R$ 403,8 milhões no terceiro trimestre de 2022, um aumento de 196,2% na comparação com igual etapa de 2021.
A margem operacional, por sua vez, foi de 9,2% no 3T22, alta de 4,2 p.p. frente a margem do 3T21.
Em 30 de setembro de 2022, a Azul tinha uma frota operacional de 168 aeronaves e uma frota contratual de 182 aeronaves, com uma idade média de 7,0 anos, excluindo aeronaves Cessna.
Liquidez e endividamento
A liquidez imediata foi de R$ 3,4 bilhões, R$ 297,4 milhões acima em comparação com o mesmo período em 2019.
Em 30 de setembro de 2022, a dívida líquida da companhia era de R$ 17,926 bilhões, um crescimento de 0,8% na comparação com a mesma etapa de 2021.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 5,7 vezes em setembro/22, queda de 0,6 vez em relação ao mesmo período de 2021.
Os investimentos líquidos totalizaram R$ 297,6 milhões no 3T22, relacionados principalmente com a capitalização de eventos de manutenção de motores e a aquisição de peças de reposição no trimestre.