B3 (B3SA3) tem lucro recorrente de R$ 1,15 bi no terceiro trimestre, queda de 10,7%

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente totalizou R$ 1,67 bilhão, queda de 8,3%

Equipe InfoMoney

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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A B3 (B3SA3), operadora da Bolsa, registrou um lucro líquido recorrente de R$ 1,1538 bilhão no terceiro trimestre de 2022 (3T22), queda de 10,7% na comparação com igual período do ano passado.

A receita líquida, por sua vez, teve leve variação positiva de 0,1%, para R$ 2,257 bilhões.

Segundo a operadora da B3, a receita total foi de  R$ 2,5106 bilhões, queda de 0,1%. “O desempenho da receita total é explicado, principalmente, pela queda na receita dos segmentos listado e Infraestrutura para financiamento, quase que integralmente compensada pelo crescimento nos demais segmentos”, apontou a empresa.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente totalizou R$ 1,67 bilhão, queda de 8,3%. A margem Ebitda recorrente foi de 74,0%, queda de 6,69 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Excluindo Neoway, o Ebitda recorrente teria sido de R$ 1,693 bilhão e a margem 76,5%.

A B3 afirma, no release de resultado, que o cenário adverso no exterior e de juro elevado no Brasil, somado a volatilidade causada pelo período eleitoral teve diferentes impactos em seu negócio.

“No segmento listado, o cenário de juros mais altos contribuiu para a queda no volume financeiro médio diário negociado (ADTV) de ações, que totalizou R$ 26,2 bilhões no trimestre, uma queda de 17,0% em relação ao mesmo trimestre de 2021. Na comparação com o segundo trimestre, a queda de 9,2% no ADTV de ações é explicada pela sazonalidade do período, que afetou principalmente o mês de julho, com os volumes se recuperando nos meses subsequentes”, diz a bolsa.

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No segmento de derivativos listados, o volume médio diário negociado (ADV) totalizou 4,6 milhões de contratos, 1,9% abaixo do mesmo intervalo de 2021 e ficou 5,7% acima do trimestre anterior. No segmento de balcão, as taxas de juros mais elevadas favoreceram os volumes, com destaque para o crescimento de 30,9% no estoque de instrumentos de renda fixa e de 32,8% no estoque do Tesouro Direto. “Dessa forma, o impacto sentido pelos negócios mais cíclicos foi praticamente neutralizado pelo desempenho dos demais segmentos, reforçando a eficiência da diversidade do modelo de negócios da B3”, diz a bolsa.

O resultado financeiro ficou negativo em R$ 50,1 milhões no 3T22. As receitas financeiras atingiram R$ 406,1 milhões, aumento de 55,4%, explicado pelo aumento na taxa de juros. Na comparação com o 2T22, a queda de 9,9% nas receitas financeiras é explicada (i) pela menor posição de caixa próprio devido principalmente à antecipação do pagamento das debêntures da 3ª emissão no valor de R$ 3,55 bilhões (parcialmente compensado pela 6ª emissão de debêntures no valor de R$3,0 bi); (ii) pela menor posição de caixa de terceiros ao longo do trimestre; e (iii) pelo menor rendimento de títulos públicos atrelados à inflação.

As despesas financeiras, por sua vez, somaram R$439,1 milhões, aumento de 130,7%, explicado (i) pelo aumento da taxa de juros; e (ii) por efeitos decorrentes da liquidação antecipada da debênture da 3ª emissão.

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A B3 diz que esse pagamento foi parcialmente compensado pela 6ª emissão de debêntures no valor de R$ 3 bilhões, pela menor posição de caixa de terceiros ao longo do trimestre e pelo menor rendimento de títulos públicos atrelados à inflação. As despesas financeiras, por sua vez, somaram R$ 439,1 milhões, aumento de 130,7%, em consequência do aumento da taxa de juros e por efeitos decorrentes da liquidação antecipada da debênture da 3ª emissão.

(com Estadão Conteúdo)