Bradesco (BBDC4) tem lucro recorrente de R$ 7,04 bilhões no 2º trimestre de 2022, alta de 11%

As receitas de prestação de serviços somaram R$ 9 bilhões no trimestre, alta de 6,7% em 12 meses e de 4,2% na comparação trimestral. 

Equipe InfoMoney

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O Bradesco (BBDC4) registrou lucro recorrente de R$ 7,04 bilhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), alta de 11% na comparação com igual período de 2021, informou o segundo maior banco privado do país nesta quinta-feira (4).

O número ficou um pouco acima do esperado.  A projeção Refinitiv era de lucro de R$ 6,78 bilhões, ante resultado de R$ 6,8 bilhões no 1T22.

Segundo o banco, o resultado refletiu o desempenho da margem financeira com clientes, das receitas de prestação de serviços, das operações de seguros, além do controle das despesas operacionais. O ROAE (Retorno sobre patrimônio médio) foi de 18,1%, alta de 0,5 ponto percentual em doze meses.

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As receitas de prestação de serviços somaram R$ 9 bilhões no trimestre, alta de 6,7% em doze meses e de 4,2% na comparação trimestral.

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A carteira de crédito expandida atingiu R$ 855 bilhões (+18% versus o 2T21), com destaque para as operações de pessoas físicas, principalmente produtos de cartão de crédito e crédito pessoal/consignado, informou a instituição financeira.

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“Em linha com essa evolução e em um movimento já esperado – dado o mix da carteira, que conta com operações mais rentáveis, e a alta nos juros/inflação – as despesas com PDD [provisão para devedores duvidosos] e índices de inadimplência também apresentaram crescimento”, apontou o banco.

No 2T22, o estoque de PDD totalizou R$ 48,8 bilhões, representando 7,7% da carteira de crédito, o equivalente a um índice de cobertura para créditos vencidos acima de 90 dias de mais de 218%. Já a PDD expandida entre abril e junho foi de R$ 5,313 bilhões, alta de 52,4% na base de comparação anual.

A carteira renegociada apresentou crescimento de 3,6% no trimestre, totalizando R$ 31,4 bilhões. A inadimplência acima de 90 dias da carteira renegociada recuou 0,5 p.p. em relação ao último trimestre “e se mantém em níveis inferiores ao período pré-pandemia, em decorrência do aprimoramento das jornadas digitais e da implantação de novos algoritmos que permitem antecipar as necessidades e prover as melhores soluções aos nossos clientes”, apontou o banco.

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Inadimplência sobe

A inadimplência acima de 90 dias teve avanço de 0,3 ponto percentual na comparação trimestral, indo de 3,2% para 3,5%, enquanto subiu 1 ponto frente junho de 2021.

Em comentários enviados após a divulgação do balanço, o presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, afirmou que o banco fez ajustes nos modelos de risco de crédito no últimos trimestres.

“Assim devemos crescer em ritmo mais moderado, mas mantendo a rentabilidade de nosso portfólio”, afirmou “Estamos com o balanço bem provisionado para o momento atual do ciclo de crédito, o que deve permitir a manutenção de um nível de retorno consistente.”

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No trimestre, a margem financeira com clientes atingiu R$ 16,9 bilhões, alta de 25,8% em doze meses e de 7,1% na comparação trimestral. As operações de seguros tiveram resultado de R$ 3,7 bilhões (+136% versus o 2T21) e ROAE (Retorno sobre o patrimônio líquido médio) trimestral de 20,9%, favorecidas pelo crescimento do faturamento (+19% versus 2T21) e pelo resultado financeiro, destacou o banco.

As despesas operacionais ficaram estáveis no trimestre e cresceram 4,9% em 12 meses, abaixo da inflação acumulada do período – IPCA 11,9% e IGP-M 10,7%.

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