Resultado da Heineken traz boa sinalização para números da Ambev do 3º trimestre, apontam analistas

Expectativa é de que Ambev registre aumento da participação de mercado com queda dos volumes totais vendidos pela Heineken no país

Equipe InfoMoney

(Paulo Fridman/Corbis via Getty Images)
(Paulo Fridman/Corbis via Getty Images)

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Às vésperas de divulgar seu resultado, a Ambev (ABEV3) teve uma boa sinalização com relação aos seus números a serem divulgados na próxima quinta-feira (28), antes da abertura dos mercados.

Na manhã desta quarta (27) foi divulgado o resultado da Heineken, que mostrou impacto do volume geral de vendas da empresa holandesa no Brasil.

Entre os pontos, o Bradesco BBI destacou que a perda de prioridade do portfólio mais econômico da empresa para se concentrar em marcas premium no Brasil continua a impactar o volume geral, com os volumes totais diminuindo.

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As carteiras premium e mainstream cresceram fortemente, superando a média do mercado, e foram impulsionadas pelo impulso contínuo das marcas Heineken, Eisebahn, Devassa, Amstel e Tiger. Enquanto isso, a primeira fase de expansão da capacidade da cervejaria de Ponta Grossa (PR), dedicada ao premium, foi concluída com sucesso.

A Heineken destacou que sua estratégia de olhar para marcas premium no Brasil segue impactando os volumes totais na América. No Brasil, os volumes das suas principais marcas, Heineken, Eisenbahn, Devassa e Amstel cresceram, mas uma queda de cerca de 40% no seu portfólio econômico levou a uma baixa dos volumes totais em cerca de 10% no trimestre na comparação anual.

Para o Bradesco BBI, os resultados parecem marginalmente positivos para a Ambev, sugerindo que a Heineken continua enfrentando restrições de capacidade que provavelmente impactarão negativamente seus volumes totais no Brasil e que devem beneficiar a Ambev na participação de mercado em termos de volume (os analistas estimam que os volumes ficaram estáveis ​​no trimestre).

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“Nosso entendimento é que, no contexto de restrições de capacidade, os volumes totais da Heineken estão caindo porque a empresa está crescendo mais em marcas premium, que levam mais tempo para produzir, do que em marcas econômicas. Apesar da Heineken ter expandido uma planta no terceiro trimestre, entendemos que os gargalos de sua planta deverão ser resolvidos de forma relevante apenas em meados de 2023, quando a empresa deverá inaugurar uma nova planta no estado de Minas Gerais”, avaliam.

O Credit Suisse destaca a leitura positiva para Ambev em relação a queda de volume da Heineken no trimestre no Brasil. “Na opinião do nosso time, os números sugerem um ganho de participação”, avaliam os analistas.

Na máxima do dia, os papéis ABEV3 chegaram a subir 3,63%, a R$ 15,71, mas amenizaram a alta acompanhando a piora do mercado em geral e fechando com avanço de 0,40%, a R$ 15,22.

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