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A Eletrobras (ELET3;ELET6), maior companhia do setor de energia elétrica da América Latina, apresentou um prejuízo líquido de R$ 88 mil no terceiro trimestre de 2022 (3T22), ante lucro líquido de R$ 965 milhões obtido no terceiro trimestre de 2021 (3T21).
A elétrica diz que o resultado foi “impactado, negativamente, pela deflação ocorrida no período, que resultou em uma redução de R$ 1,941 bilhão nas receitas de transmissão, que são reajustadas por IPCA e IGP-M”.
Além disso, houve queda do resultado financeiro em R$ 937 milhões, em particular, pelo aumento das despesas financeiras com encargos de dívida, em função da consolidação da SPE Santo Antônio Energia e do impacto de Encargos (IPCA + WACC/taxa) das obrigações junto à CDE (WACC de 7,31%) e projetos de revitalização das bacias hidrográficas e Amazônia Legal, decorrentes dos novos contratos de concessão de geração assinados no processo de privatização.
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A receita líquida somou R$ 8,033 bilhões no terceiro trimestre deste ano, uma diminuição de 13% na comparação com igual etapa de 2021.
Conforme a Eletrobras, a redução da receita foi influenciada pela deflação do período (queda do IPCA e IGPM), piorando a receita de transmissão de forma muito relevante.
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A receita de transmissão, por sua vez, passou de R$ 4,864 bilhões para R$ 2,924 no terceiro trimestre de 2022.
Ebitda
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 3,197 bilhões no 3T22, um recuo de 36% em relação ao 3T21.
A margem Ebitda ajustada atingiu 0,4% entre julho e setembro, baixa de 0,1 p.p. frente a margem registrada em 3T21.
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O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 1,819 bilhão no terceiro trimestre de 2022, ante perdas financeiras de R$ 882 milhões da mesma etapa de 2021.
A Eletrobras investiu R$ 991 milhões no terceiro trimestre de 2022, um recuo de 3% frente ao montante investido no terceiro trimestre de 2021, de R$ 1,024 bilhão.
Em 30 de setembro de 2022, a dívida líquida da companhia era de R$ 33,522 bilhões, um crescimento de 75% na comparação com a mesma etapa de 2021.
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O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,8 vez em setembro/22, alta de 0,9 p.p. em relação ao mesmo período de 2021.