Magazine Luiza (MGLU3) tem prejuízo ajustado de R$ 146 mi no 3º tri; vendas totais vão a R$ 14 bi, alta de 2%

A receita líquida, por sua vez, teve avanço de 2,3%, indo de R$ 8,612 bilhões para R$ 8,8 bilhões em um ano.

Equipe InfoMoney

(Foto: Germano Lüders
(Foto: Germano Lüders

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O Magazine Luiza (MGLU3) reportou um prejuízo líquido ajustado (que exclui efeitos não recorrentes, como créditos tributários e honorários de especialistas) de R$ 146 milhões no terceiro trimestre de 2022, revertendo o lucro líquido ajustado de R$ 22,6 milhões do mesmo período do ano passado e ficando pior do que o consenso Refinitv, que previa prejuízo de R$ 60 milhões.

Sem ser em termos ajustados, o prejuízo foi de R$ 166,8 milhões, ante lucro de R$ 143,5 milhões em igual período de 2021.

A receita líquida, por sua vez, teve avanço de 2,3%, indo de R$ 8,612 bilhões para R$ 8,8 bilhões em um ano. Para a receita, o consenso Refinitiv projetava um faturamento de R$ 9,06 bilhões.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado subiu 50,3% na comparação ano a ano, para R$ 527,5 milhões; a projeção Refinitiv era de R$ 549 milhões.

Assim, a margem Ebitda ajustada avançou 1,9 ponto percentual, indo de 4,1% para 6%. Segundo a companhia, essa é a maior margem Ebitda trimestral desde 2020.

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As vendas totais do Magalu somaram R$ 14 bilhões no 3T22, alta de 2% na comparação anual.

O e-commerce atingiu mais de R$ 10 bilhões em vendas no trimestre, aumentando 3% no 3T22. As vendas do marketplace (3P) totalizaram cerca de R$3,5 bilhões no trimestre, um crescimento de 1% comparado ao mesmo período do ano anterior.

“A expansão do marketplace é mais acelerada nas novas categorias. No 3T22, as vendas de itens de novas categorias, como moda, casa e jardim, esporte, beleza e acessórios automotivos, cresceram no patamar de dois dígitos. Nesse trimestre, as categorias de moda e beleza cresceram 45% e 52% respectivamente no marketplace do Magalu.

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“O marketplace do Magalu atingiu a marca de 236 mil sellers e 81 milhões de ofertas disponíveis para venda. Em um ano, entraram 116 mil novos sellers na plataforma, a maioria deles conectada pelo Parceiro Magalu, impulsionados pela atuação das lojas físicas na atração de novos parceiros e também pela Caravana Magalu”, destacou a companhia.

Nas lojas físicas, as vendas foram de R$ 4 bilhões no trimestre, crescendo 1% comparado ao 3T21.

No 3T22, as despesas com vendas totalizaram R$1,5 bilhão, equivalentes a 17,6% da receita líquida, com uma redução de 0,8 ponto percentual (p.p.) comparado ao mesmo período de 2021. “Essa redução está associada ao crescimento das vendas e também às iniciativas de otimização das despesas de marketing e logística, além de redução das despesas fixas”, afirmou o Magalu.

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Já as despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 334,3 milhões, equivalentes a 3,8% da receita líquida, incluindo a consolidação das empresas adquiridas nos últimos 12 meses.

MagaluPay

O volume total de transações processadas (TPV) da fintech da companhia atingiu R$ 22,1 bilhões no trimestre, com alta de 19,6%. O MagaluPay, por sua vez, superou a marca de 7,8 milhões de contas digitais.

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Na joint venture com o Itaú, a Luizacred, houve R$ 30 milhões de prejuízo, dos quais cerca de R$ 15 milhões entram no balanço da varejista. Na parte de inadimplência, os créditos não performados acima de 90 dias representaram 9,2% do total, voltando a índices históricos do período pré-pandemia, que eram mais altos, segundo Belíssimo.

Caixa

No trimestre encerrado em setembro, a geração de caixa operacional foi de R$ 324 milhões, influenciada pela variação do capital de giro. O Magalu encerrou o período com uma posição de caixa líquido ajustado de R$ 1,8 bilhão e uma posição de caixa total no valor de R$ 9 bilhões, considerando caixa e aplicações financeiras de R$ 2,1 bilhões e recebíveis de cartão de crédito disponíveis de R$6,9 bilhões.