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SÃO PAULO – Cercada de expectativa, a sexta-feira (2) iniciou com baixa na bolsa do Brasil em função do fraco Relatório de Emprego norte-americano referente ao mês de setembro. Contudo, a situação virou por volta das 11h30, horário de Brasília, com a eleição da cidade-sede para os Jogos Olímpicos de 2016.
A saída de Chicago na primeira fase animou os investidores por aqui e o Ibovespa reverteu sua tendência de baixa, descolando-se do mercado norte-americano. A confirmação do Rio de Janeiro como cidade-sede às 13h50 sacramentou a alta do principal índice de ações da bolsa paulista, que encerrou o dia com valorização de 1,18%, aos 61.171 pontos.
A euforia do mercado quanto ao desempenho da bolsa brasileira deve-se, principalmente, aos investimentos para suportar o evento. Estima-se que mais de US$ 15 bilhões serão gastos em infraestrutura, além de ganhos reais no PIB (Produto Interno Bruto).
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Na visão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, os Jogos Olímpicos adicionarão 1% no PIB ao longo dos anos e mais 1% será incorporado pela Copa do Mundo, esta em 2014. Diante este cenário amplamente otimista para o Brasil, quais ações podem se beneficiar?
Lista ampla
Os analistas de mercado acreditam que os papéis ligados à construção civil e siderurgia serão os primeiros beneficiados com os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, como a sessão de sexta-feira mostrou.
Entre os destaques de alta da última sessão, estavam Cyrela (CYRE3), Gafisa (GFSA3), Gerdau (GGBR4) e Vale (VALE5), uma vez que é a principal fornecedora de minério de ferro no território nacional, matéria-prima para o aço.
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Na lista ainda estão os papéis da TAM (TAMM4), tendo em vista o fluxo aéreo; Dufry South America (DUFB11), em função das compras nos free shops dos aeroportos; Brookfield (BISA3), CR2 (CRDE3) e João Fortes (JFEN3) pela relação com o setor de construção; CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) com o aumento da demanda pelas vigas de aço.
Pedro Galdi, analista da SLW Corretora, lembra em entrevista para a Bloomberg dos benefícios aos papéis de Randon Participações (RAPT4) e Iochpe-Maxion (MYPK3), além da Marcopolo (POMO4), que já fornece grande parte dos ônibus para a frota do Rio de Janeiro.