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SÃO PAULO – O indicador de risco-País registrou queda de sete pontos nesta segunda-feira (19), atingindo 164 pontos. O mercado reagiu otimista ao noticiário europeu, uma vez que a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, afirmou que as “nuvens negras” sobre a economia estão se dissipando, com sinais de estabilidade. Já o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, considera que o país já completou mais da metade do caminho necessário para a retomada da economia.
Também refletiu positivamente no mercado o pagamento de € 1,9 bilhão em CDSs (Credit Default Swaps) a investidores que detinham os títulos gregos “originais”, isto é, antes da troca de dívida. Por fim, EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) emitiu €1,5 bilhão em títulos da dívida para 20 anos, até agora a operação com a maior data de liquidação realizada pelo fundo.
Agenda econômica
Sem indicadores norte-americanos, os investidores acompanharam a agenda doméstica. Enquanto o Relatório Focus manteve as principais projeções inalteradas, a balança comercial mostrou superávit de US$ 728 milhões em março, até a 3ª semana.
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Também foram apresentados indicadores de inflação, com o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) marcando inflação de 0,01% e o IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado) apontou variação postivia de 0,35%.
Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em baixa de 0,18% na noite desta segunda-feira, cotado a 131,83 centavos de dólar.
Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 164 pontos-base.
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O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.
Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.
Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.