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SÃO PAULO – O indicador de risco-País registrou queda de cinco pontos-base, atingindo 163 pontos nesta quarta-feira (14). O mercado acompanhou o discurso do presidente do Federal Reserve, Ben Bernake, e a aprovação pelos países da Zona do Euro da nova parcela do segundo resgate à Grécia, no valor de € 39,4 bilhões.
O chairman da autoridade monetária norte-americana afirmou que apesar de ver alguns sinais recentes de melhoria na economia do país, a recuperação tem sido frustrantemente lenta, embora a condição do setor bancário está melhorando. “Apesar de alguns sinais recentes de melhoria, a recuperação tem sido frustrantemente lenta, restringindo as oportunidades de crédito lucrativo”, afirmou Bernanke.
Agenda
Com agenda de indicadores econômicos pouco movimentada, os investidores refletiram por aqui a divulgação do fluxo cambial brasileiro até a segunda semana de março, mostrando saldo positivo de US$ 5,108 bilhões.
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Já nos Estados Unidos, o destaque ficou com o déficit em conta corrente, que subiu acima das expectativas do mercado durante o quarto trimestre do ano passado. O saldo chegou aos US$ 124,1 bilhões negativos no período, ante expectativa de déficit de US$ 113,8 bilhões. Ainda por lá, o Import Prices (ex-oil) registrou queda de 0,1% durante o mês de fevereiro, enquanto a inflação dos bens exportados ao resto do mundo a partir dos EUA foi de 0,5% no mesmo mês.
Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em baixa de 0,40% na noite desta quarta-feira, cotado a 132,39 centavos de dólar.
Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 163 pontos-base.
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O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.
Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.
Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.