Risco-País fecha estável, apesar do temor com déficit da balança comercial chinesa

Estiveram também presentes na agenda a reunião entre ministros da Zona do Euro e o déficit do orçamento do governo dos EUA

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O indicador de risco-País fechou estável nesta segunda-feira (12) em 180 pontos-base. Os investidores repercutiram principalmente os dados chineses abaixo do que os analistas esperavam. A China, maior parceira comercial do Brasil, registrou um déficit na balança comercial de US$ 31,4 bilhões, indicando novas medidas de estímulo, como novos cortes na taxa de compulsórios. Também pesou no mercado o resultado da reunião entre os ministros da Zona do Euro

O encontro retoma discussão sobre Grécia e Espanha e novas formas de prevenir novas crises. Um terceiro pacote de resgate aos gregos pode ser possível, afirmou Wolfgang Schäuble, ministro de Finanças da Alemanha. Além disso, nos Estados Unidos, foi revelado o Treasury Budget, mostrando déficit do orçamento do governo norte-americano em fevereiro em US$ 231,7 bilhões.

Front interno
Na agenda doméstica os investidores acompanharam a extensão da cobrança de IOF (imposto sobre operações financeiras) para contratos de até cinco anos. Essa medida tem com intuito provocar uma nova desvalorização do real frente ao dólar.

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Já na agenda de indicadores domésticos desta segunda-feira, o Banco Central divulgou o Relatório Focus, que elevou a projeção anual do para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Por fim, balança comercial de março apontou saldo positivo de US$ 260 milhões nas duas primeiras semanas do mês. 

Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em baixa de 0,03% na noite desta segunda-feira, cotado a 132,97 centavos de dólar. 

Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 180 pontos-base.

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O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.

Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.

Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.

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