Risco-País registra forte queda de 10 pontos, por conta de acordo grego

Repercutiu também no mercado o corte da taxa básica de juro e os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O indicador de risco-País registrou queda de dez pontos-base, atingindo 183 nesta quinta-feira (8). Além do bom humor no exterior por conta do cenário europeu, a alta do índice também encontra fundamento no corte da taxa básica de juro nacional em 75 pontos-base, que superou as projeções do mercado, que esperavam um corte de 50 pontos-base.

Quase 95% dos credores privados gregos aceitaram participar do swap de dívida para alivar a carga de obrigações do país, superando o necessário para que a operação ocorresse. Ainda no velho continente, aconteceram as reuniões dos bancos centrais da Europa e Inglaterra. Tanto o BoE (Bank of England) quanto o BCE (Banco Central Europeu) mantiveram suas taxas de juros nos patamares atuais, em 0,5% e 1% respectivamente.

Agenda
Além da repercussão do Copom, a agenda doméstica contou com o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal), que marcou inflação de 0,41% na primeira semana de março. 

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Nos Estados Unidos, o destaque ficou para o número de novos pedidos de seguro-desemprego, que veio pior do que o esperado ao marcar 362 mil pedidos, ante expectativa de 355 novas solicitações. Na Ásia, o noticiário trouxe bons ares com a divulgação de que o PIB do país foi revisado positivamente no quarto trimestre de 2011.

Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em alta de 0,09% na noite desta quinta-feira, cotado a 132,99 centavos de dólar. 

Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 183 pontos-base.

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O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.

Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.

Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.

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